Silvinei afirmou ter doença terminal ao ser questionado sobre foto de passaporte, relata jornal paraguaio
Ex-diretor da PRF foi detido no Paraguai ao tentar embarcar para El Salvador após violar tornozeleira eletrônica no Brasil


SBT News
O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques afirmou sofrer de uma doença terminal ao ser questionado por agentes de imigração do Paraguai. A declaração foi dada após os servidores apontarem divergências entre sua aparência física e a foto do passaporte apresentado.
A informação foi divulgada pelo jornal paraguaio ABC Color, que detalhou os momentos que antecederam a prisão do brasileiro no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Luque, cidade vizinha da capital Assunção.
Segundo o jornal, o primeiro fator que despertou suspeita nos funcionários da migração foi o fato de a imagem do documento ser "muito diferente" da do passageiro que tentava embarcar.
Durante as perguntas iniciais, Vasques entrou em contradição e justificou a mudança de aparência alegando que estaria acometido por uma doença terminal. Conforme o interrogatório avançou, ainda segundo o ABC Color, o brasileiro demonstrou abalo emocional e acabou confessando sua verdadeira identidade.
O ex-diretor da PRF apresentou às autoridades paraguaias um passaporte paraguaio considerado aparentemente autêntico, em nome de Julio Eduardo Báez Fernández, de 44 anos. O jornal informou que essa identidade existe no sistema informatizado da Polícia Nacional do Paraguai.

Silvinei Vasques foi preso nesta sexta (26) ao tentar embarcar em um voo para o Panamá, segundo a polícia paraguaia, com intuito de chegar a El Salvador, na América Central. Ele teria rompido a tornozeleira eletrônica que usava em Santa Catarina e seguido para o Paraguai.
Após a violação do dispositivo, alertas foram acionados na fronteira, e a representação da Polícia Federal (PF) no país vizinho foi notificada, resultando na detenção no aeroporto.
Vasques chefiou a PRF de abril de 2021 a dezembro de 2022, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ele foi condenado pela Primeira Turma do STF como um dos integrantes do núcleo 2 da tentativa de golpe de Estado, grupo responsável por ações estratégicas e operacionais para manter ex-presidente no poder. Recebeu pena de 24 anos e seis meses de prisão.








