Suspeito de liderar atos golpistas do 8 de janeiro é preso no Rio Grande do Sul
Homem estava foragido e foi detido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Rosário do Sul; ele ficou conhecido como o organizador da "máfia do Pix"
Guilherme Resck
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu na noite de sexta-feira (8), na Rodovia BR-290, em Rosário do Sul (RS), um homem de 46 anos procurado pela Justiça por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 em Brasília — quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas.
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Segundo a PRF, ele é acusado de ser um dos líderes dos atos golpistas e ficou conhecido como o organizador da "máfia do Pix", que era responsável por arrecadar recursos para manter a alimentação dos acampados no Quartel General do Exército na capital federal.
Ele já havia sido preso em 8 de janeiro do ano passado, mas acabou sendo liberado posteriormente. Na noite desta sexta-feira, explica a PRF, policiais rodoviários federais acompanharam a rota de um carro, com placa do Distrito Federal, que tentava desviar o trajeto para não passar por postos policiais. A equipe abordou o automóvel na BR-290, próximo à entrada de Rosário do Sul.
Um cidadão uruguaio conduzia o automóvel. Ele estava acompanhado de um cidadão brasileiro, natural de Cuiabá. Os agentes consultaram o nome do brasileiro nos sistemas e, assim, encontraram um mandado de prisão emitido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra ele. A prisão foi determinada por vários crimes, como abolição violenta do Estado Democrático de Direito e ameaça violenta ao livre exercício dos poderes da União.
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A lista inclui ainda terrorismo; ameaça; perseguição; dano qualificado; incêndio; descumprimento de determinação do poder público para impedir a propagação de doença contagiosa; associação criminosa com uso de armas; destruição de bem especialmente protegido por lei; e pichação ou degradação de local público.
O suspeito afirmou aos agentes da PRF que estava escondido no Uruguai e que retornou ao Brasil somente para comprar uma geladeira. Ele foi encaminhado à polícia judiciária em Rosário do Sul e, depois, deve ser transferido para um presídio, onde permanecerá à disposição da Justiça. O carro foi recolhido ao pátio porque está com o licenciamento vencido.