Polícia desarticula grupo que lavava dinheiro do tráfico com imóveis em Santa Catarina
Grupo que atuava no Rio Grande do Sul pode ter movimentado cerca de R$ 12 milhões

Guilherme Rockett
A Polícia Civil deflagrou nesta quinta-feira (3) a Operação Costa Nostra para combater uma organização criminosa do Rio Grande do Sul que lavava dinheiro do tráfico de drogas com imóveis de luxo em praias de Santa Catarina. A investigação estima que o grupo movimentou mais de R$ 12 milhões.
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Coordenada pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a ação cumpriu 143 ordens judiciais em Porto Alegre, Gravataí, Capão da Canoa, Tramandaí, Camboriú, Palhoça e Porto Belo. Foram feitas buscas em imóveis, apreensões de carros, motos, jet ski e dinheiro em espécie, além do bloqueio de contas bancárias e quebra de sigilos fiscal e bancário.

A quadrilha tem base no bairro Restinga, zona sul da capital gaúcha, e seria comandada por três criminosos. O grupo foi investigado após uma tentativa de homicídio em julho de 2023, quando a vítima escapou de um atentado ordenado por um dos chefes.
A polícia descobriu que o grupo investia em imóveis em áreas valorizadas de Santa Catarina, como uma pousada à beira-mar em Porto Belo e uma casa de R$ 3 milhões em Camboriú. Também compraram uma empresa de lavação e acumulavam patrimônio sem origem lícita.
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Entre os bens apreendidos estão veículos de luxo, duas motos, um jet ski e R$ 40 mil em dinheiro vivo. Uma casa em Porto Alegre, avaliada em R$ 1,2 milhão, também foi sequestrada. Parte dos investigados será encaminhada ao sistema prisional.
Segundo o delegado Mario Souza, diretor do DHPP, a ação visa cortar o poder financeiro dos grupos criminosos para impedir que continuem financiando homicídios.