PF prende ex-deputado Wladimir Costa no Pará por crimes eleitorais
Ex-parlamentar foi autuado no Aeroporto Internacional de Belém; ele é acusado de violência política por postagens na internet contra uma deputada
O ex-deputado federal Wladimir Costa foi preso pela Polícia Federal (PF), na manhã desta quinta-feira (18), por crimes eleitorais. Conhecido por ter feito uma tatuagem em homenagem ao ex-presidente Michel Temer (MDB), o ex-parlamentar foi autuado no Aeroporto Internacional de Belém e encaminhado ao sistema prisional do Pará.
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A medida foi imposta após prática recorrente de violência política nas redes sociais contra uma deputada, que não teve o nome divulgado até o fechamento desta matéria. Outros crimes políticos são investigados.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PA) também ordenou a exclusão das postagens que justificaram a coerção.
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Quem é Wladimir Costa?
O deputado era do partido Solidariedade e teve o mandato cassado em 2017 pelo TRE-PA, por unanimidade. Ele foi acusado de abuso de poder econômico e gastos ilícitos na campanha eleitoral de 2014.
Outras polêmicas envolvem o ex-parlamentar. Em agosto de 2017, foi flagrado em conversas íntimas solicitando "nudes" (fotos íntimas) no plenário da Câmara. Depois, afirmou se tratar de algo combinado com um fotógrafo.
Costa também já foi condenado por injúrias e ofensas a diversos artistas, jornalistas e nomes midiáticos, como a jornalista Basília Rodrigues, da CNN, Wagner Moura, Glória Pires, Letícia Sabatella e Sônia Braga.
Costa ainda costuma ser lembrado por um episódio de julho de 2017, quando disse ter feito uma tatuagem em homenagem ao ex-presidente Temer. Um mês depois da repercussão, alegou que tudo não passou de uma brincadeira e que a tatuagem não era definitiva.
Em 2016, o ex-deputado votou na sessão de abertura do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que tinha Temer como vice. Costa clamou pela mãe e pelo estado do Pará e ficou conhecido pelos confetes. "E quem vota 'sim' coloca a mão para cima! Coloca a mão para cima!", gritou no plenário da Câmara.