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Polícia

Justiça aceita denúncia contra empresário que confessou matar gari em Belo Horizonte

Renê da Silva Júnior responderá por homicídio triplamente qualificado, porte ilegal de arma, ameaça e fraude processual; esposa dele terá processo separado

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Ana Paula foi indiciada juntamente com o marido nesta sexta-feira (29) por porte ilegal de arma de fogo - Redes Sociais / Reprodução
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A Justiça de Minas Gerais aceitou nesta segunda-feira (15) a denúncia do Ministério Público contra o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, assassino confesso do gari Laudemir Fernandes, de 44 anos, morto em Belo Horizonte. A prisão preventiva do acusado foi mantida.

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O Ministério Público havia denunciado Nogueira Júnior por homicídio triplamente qualificado, porte ilegal de arma de fogo, ameaça e fraude processual. Com a decisão, ele passa à condição de réu. Ainda não há data prevista para o julgamento.

A juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza, do 1º Tribunal do Júri da capital, também determinou o desmembramento do processo em relação à delegada Ana Paula Lamego, esposa do empresário e dona da arma usada no crime.

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A delegada está afastada por motivos de saúde desde 13 de agosto e foi indiciada por porte ilegal de arma de fogo, além de prevaricação, acusada de permitir que o marido utilizasse sua arma funcional.

O processo da policial será enviado a uma das varas criminais de Belo Horizonte. Segundo a Justiça, os crimes atribuídos a ela não envolvem violência ou grave ameaça e têm pena mínima inferior a quatro anos de reclusão, o que permite a análise da possibilidade de um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP).

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Relembre o caso

O gari, de 44 anos, foi morto a tiros após uma discussão de trânsito em 11 de agosto, no bairro Vila da Serra, em Nova Lima, na Grande BH. O suspeito é o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos.

Segundo o boletim de ocorrência, Laudemir e outros garis recolhiam lixo quando a motorista do caminhão encostou o veículo para dar passagem ao carro do empresário. Renê teria abaixado o vidro e ameaçado matar caso alguém encostasse em seu carro. Os trabalhadores pediram calma e sugeriram que ele seguisse viagem. O suspeito, porém, desceu do carro alterado e disparou contra o grupo.

O gari Tiago Rodrigues, que presenciou o crime, afirmou que Renê agiu com frieza. "Assim que atirou, ele entrou no carro como se nada tivesse acontecido e foi embora", disse. Tiago tentou socorrer o colega, mas Laudemir não resistiu.

Renê foi localizado após informações de uma testemunha, que lembrou parte da placa do carro dele, e pela análise de câmeras de segurança. A polícia apresentou uma foto do empresário, que foi reconhecido e apontado como o responsável pelo ataque. Apesar disso, ele negou ter cometido o crime quando foi preso, no estacionamento de uma academia.

Em 15 de agosto, a Polícia Civil informou que a arma usada para matar Laudemir pertencia à esposa dele.

A compatibilidade foi confirmada pela perícia de microbalística, que analisou duas munições – uma usada e outra intacta – deixadas no local do crime. Desde então, Ana Paula é investigada pela Corregedoria da Polícia Civil de MG, que apura possíveis desvios de conduta da servidora.

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