Governo Lula nega controle artificial de preços após ministro falar em “intervenção” para baratear alimentos
Segundo interlocutores, presidente tem como prioridade abaixar preços para os consumidores, mas evita 'invencionices' e medidas radicais
Murilo Fagundes
O Palácio do Planalto busca, nesta quarta-feira (22), refutar a ideia de que o governo vai controlar de forma artificial os preços dos alimentos. Esse movimento acontece depois de o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmar que o governo federal reúne um conjunto de intervenções para ajudar a baratear os produtos nas prateleiras dos supermercados.
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“A questão dos preços, a princípio, vamos fazer algumas reuniões para buscarmos conjunto de intervenções que sinalizem para barateamento dos alimentos”, disse Costa em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, transmitido pela Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).
Segundo apuração do SBT News, o governo classificou que o ministro de Lula errou ao usar a palavra “intervenção” e que, de fato, o presidente está atento e tem como prioridade o arrefecimento dos preços, mas sem ações radicais e 'invencionices'.
A intervenção, citada por Costa, "foi no sentido de medidas e ações junto a ministérios e associações do setor", disse um dos interlocutores do Palácio do Planalto.
Uma das medidas colocadas à mesa, neste momento, é apresentar valores mais acessíveis na chamada “xepa”, em consonância a ideias apresentadas por associações de supermercados.
O governo busca realizar reuniões já na próxima semana com a Casa Civil, os Ministérios da Fazenda, da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário. Num segundo momento, as associações devem ser incluídas no debate.