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Política

Lula elogia acordo para dívida dos estados e chama governadores de ingratos

Presidente questiona "estados mais ricos" por criticarem o projeto que institui o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de ingratos, nesta quinta-feira (16), os governadores dos estados envolvidos no projeto de renegociação de mais de R$ 760 bilhões das dívidas dos estados com a União. O chefe do Poder Executivo sancionou o acordo, com vetos, no início da semana.

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A fala de Lula foi destinada aos governadores Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul; Ronaldo Caiado (União), de Goias; e Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro. Os chefes executivos estaduais criticaram a sanção do presidente Lula.

"Nós já aprovamos a lei da dívida dos governadores que é uma coisa que a gente deve ao [Rodrigo] Pacheco (PSD-MG) e ao Ministério da Fazenda. Foi uma coisa extraordinária e os cinco governadores que mais devem mais são ingratos, porque deveriam estar agradecendo ao governo federal e ao Congresso Nacional. Alguns fizeram crítica porque não querem pagar, e a partir de agora vão pagar", disse o presidente durante a cerimônia de sanção da regualmentação da reforma tributária.

A menção ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi feita porque foi ele o autor do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), e responsável por articular, desde 2022, medidas para tentar sanar os débitos das federações com a União.

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Lula ainda rebateu a crítica dos governadores ao citar que eles fazem partes dos estados mais ricos do Brasil e, portanto, devem arcar com as dívidas com a União.

"A gente também vai se preocupar com os outros estados que não devem, porque é muito engraçado. Os pobres pagam as suas dívidas, mas os rico não pagam. Então o acordo que nós fizemos na dívida dos Estados é também uma coisa excepcional na história desse país", concluiu o presidente.

Elogios de Pacheco

Em meio as críticas dos governadores na última terça-feira (14), Pacheco fez elogios a Lula pela efetivação do acordo.

“O momento é de agradecer ao presidente Lula pela sanção do Propag e aproveitar a oportunidade que os estados terão para equacionar um problema histórico. Por meio desse programa, o governo federal abre mão de receber juros, permite o alongamento da dívida em 30 anos e aceita receber ativos diversos como pagamento”, afirmou nota oficial.

O chefe do poder Legislativo também participou do evento de sanção da regulamentação da reforma tributária. Em discurso, fez uma série de elogios ao presidente Lula e afirmou que ambos são unidos pelo apreço à democracia. Rodrigo Pacheco, que deixa a presidência do Senado no começo de fevereiro, é um dos nomes cotados para assumir uma vaga de ministro com a reforma ministerial que deve ocorrer na Esplanada dos Ministérios ainda no começo deste ano.

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