Caso Igor Peretto: As unhas de Marcelly podem esclarecer assassinato?
Delegado não descarta que Marcelly, irmã da vítima, tenha matado com as próprias mãos
VTV SBT
Imagens das câmeras de segurança do prédio em Praia Grande, onde Igor Peretto foi assassinado no dia 31 de agosto, revelam que as unhas de gel de Marcelly, irmã da vítima, foram arrancadas logo após o crime.
+ Caso Igor Peretto: Ministério Público pede prisão preventiva de trio amoroso
Na imagem abaixo, é possível ver que Marcelly chega ao seu apartamento com as unhas intactas, registrando o momento pouco antes do assassinato de Igor.
Quando a mulher está saindo do prédio, logo após o assassinato de Igor Peretto, ao lado de Mario Vitorino da Silva Neto, cunhado da vítima, é possível ver que essas unhas foram arrancadas, e em sua roupa há possíveis marcas de sangue. Segundo o delegado responsável pelo caso, as manchas eram de sangue.
Marcelly disse em depoimento que estava nervosa e foi roendo e tirando suas unhas de gel, sendo que a maioria ficou no assoalho do carro de Mario. Porém, unhas semelhantes puderam ser encontradas no condomínio, próximas à cena do crime.
A conclusão, assinada pela Equipe Marte II da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Praia Grande, aponta o seguinte:
"Embora Marcelly negue qualquer participação no homicídio de seu irmão, saiu da cena do crime com as roupas manchadas de sangue e com as unhas quebradas, o que em tese não é compatível com a descrição de que teria ficado no quarto e não se envolvido, e que apenas teria visto o desfecho da situação. Além disso, as contradições no seu depoimento põem em dúvida até que ponto estaria envolvida na ação que culminou no assassinato de Igor, bem como na sua omissão, não sendo descartada a possibilidade de que a mesma tenha golpeado seu irmão“, disse os investigadores.
Relembre o caso
O empresário Igor Peretto foi encontrado morto no dia 31 de agosto, vítima de 40 facadas. As investigações apontam para um triângulo amoroso como motivação para o crime.
+ Caso Igor Peretto: reconstituição do crime anula tese de legítima defesa
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o crime foi resultado de um plano elaborado por seu cunhado, Mario Vitorino da Silva Neto, sua irmã, Marcelly Marlene Delfino, e sua esposa, Rafaela Costa da Silva. A Polícia Civil revelou que o trio mantinha um relacionamento amoroso a três, o que teria motivado o assassinato de Igor.
Traição e vingança
O triângulo amoroso, mantido em segredo, transformou Igor em um empecilho para os planos dos amantes. Na noite do crime, os quatro envolvidos estiveram juntos em uma festa. Após a celebração, as duas mulheres foram ao apartamento de Marcelly, onde trocaram carícias. Em seguida, Igor e Mario também foram para o local, atraídos por mensagens de Rafaela.
Fuga e prisão
Após o crime, os três fugiram juntos, levando alguns pertences do apartamento de Mario. Eles se encontraram com Rafaela, que os aguardava em seu carro, e iniciaram uma fuga em direção ao interior do estado.
+ Caso Igor Peretto: veja últimos momentos de vida do jovem e o que se sabe sobre assassinato
Diante da repercussão do caso, Marcelly e Rafaela se apresentaram à polícia alguns dias após o homicídio de Igor Peretto. Mario, por sua vez, foi localizado e preso na cidade de Torrinha.
Motivação financeira
Além da paixão e da vingança, a investigação também apontou para uma possível motivação financeira para o crime. Segundo o juiz Felipe Esmanhoto Mateo, Rafaela teria recebido dinheiro de Mario possivelmente após o crime, o que intensifica a hipótese de que o assassinato tenha sido planejado com o objetivo de obter ganhos financeiros.
Premeditação e crueldade
Após investigações, as autoridades concluíram que forma como o crime foi cometido, com extrema violência e crueldade, demonstra a premeditação e a frieza dos envolvidos. O Ministério Público denunciou Mario, Marcelly e Rafaela pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe, ou seja, cruel. A denúncia destaca que as três pessoas agiram em conjunto, com prévio ajuste e divisão de tarefas. Os três estão presos preventivamente.