Congresso busca alternativas para compensar desoneração da folha de pagamentos
Quadro "Nos Corredores do Congresso", com a jornalista Iasmin Costa, mostra bastidores da negociação no Brasil Agora desta segunda (17)
A desoneração da folha de pagamentos segue pautando o vai e vem de propostas entre Congresso Nacional e governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na estreia do quadro "Nos Corredores do Congresso", com a jornalista e comentarista Iasmin Costa, o Brasil Agora desta segunda-feira (17) detalha bastidores de como anda essa negociação.
O senador Efraim Filho (União Brasil-PB), que foi relator do projeto sobre desoneração, disse que houve "diversas hipóteses à mesa" na última semana. "Questão é escolher qual será. Algo em torno de R$ 16 bilhões, R$ 17 bilhões que Senado entende que é positiva para política pública, gerando emprego, renda, reduz carga tributária para quem empreende", disse.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), também disse que a prioridade "é chegar em R$ 17 bilhões, R$ 18 bilhões", mas ponderou que cálculo deve ser feito pelo Ministério da Fazenda e pela Receita Federal. "Tudo que vier ao encontro disso é importante. Esforço concentrado. Ninguém quer deixar ao léu essa falta de compensação", completou.
Hamilton Mourão (Republicanos-RS) opinou sobre a MP de PIS/Cofins, parcialmente devolvida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e apelidada de "MP do fim do mundo": "Seria muito pior para o governo se a MP prosperasse". "Há alternativas para manter desoneração de pé", continuou.
"Buscar medidas, repatriação de ativos no exterior, repactuação de ativos declarados no Imposto de Renda, depósitos judiciais sem titularidade, contas bancárias sem ninguém ir para retirar. Vários lugares com dinheiro, mediante lei, com recurso que pode ir para o governo e compensar desoneração dos setores", completou.