Lula defende Haddad após Cúpula do G7: “Nunca estará enfraquecido enquanto eu for presidente”
Presidente blinda ministro da Fazenda após questionamentos sobre responsabilidade fiscal em 2025
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a defender o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao dizer que ele "nunca ficará enfraquecido", durante entrevista coletiva em Roma, neste sábado (15), após a cúpula do G7.
Questionado sobre a responsabilidade fiscal do governo e revisão de gastos para 2025, Lula listou medidas do governo atual, tais como o novo marco fiscal e a reforma tributária aprovada pelo Congresso.
“Agora o Haddad, ele jamais ficará enfraquecido enquanto eu for presidente da República, porque ele é o meu ministro da Fazenda, escolhido por mim e mantido por mim. Se o Haddad tiver uma proposta, ele vai sentar e discutir economia comigo”, comentou.
Ainda segundo Lula, o governo tem demonstrado “seriedade” ao garantir estabilidade jurídica, política, fiscal e social.
Além de defender Haddad, o presidente rebateu questionamentos pelo déficit fiscal. Na visão de Lula, os críticos são os mesmo que foram ao Senado aprovar a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia.
O presidente lembrou ainda que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu devolver ao governo parte das mudanças propostas na medida provisória da compensação, que ficou conhecida como “MP do Fim do Mundo”.
A decisão suspendeu a restrição da compensação que restringe o uso de créditos tributários em impostos como PIS e Cofins por parte de empresas.
“Então eu disse pro Haddad, não é mais problema mais do governo, o problema é deles. A decisão da Suprema Corte (STF) diz que dentro de 45 dias, se não tiver o acordo, tá válido meu veto, aí não vai ter a desoneração. Então agora os empresários se reúnam, discutam e apresentem pro ministro da Fazenda uma proposta de desoneração”, rebateu Lula.
O presidente já havia defendido Haddad e dado um ultimato quanto à desoneração da folha de pagamento nesta quinta-feira (13), em Genebra (SUI), ao afirmar que o ministro nem deveria ter assumido a responsabilidade por essa proposta.