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"Serial killer": mulher suspeita de matar 4 pessoas envenenadas fingia interesse afetivo às vítimas

Ana Paula Veloso é investigada por quatro homicídios cometidos em São Paulo e no Rio

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A Promotoria de Justiça de São Paulo afirma que Ana Paula Veloso Fernandes se aproximava das vítimas fingindo interesse afetivo ou amizade para se apropriar de seus bens.

A jovem, que é universitária, teria contado com a ajuda da irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso Fernandes, e de Michelle Paiva da Silva, filha de uma das vítimas. As três estão presas preventivamente e são investigadas por participação nos envenenamentos.

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Vítimas foram envenenadas em São Paulo e no Rio de Janeiro: Marcelo Hari Fonseca e Maria Aparecida Rodrigues, mortos em Guarulhos; Neil Corrêa da Silva, em Duque de Caxias (RJ); e o tunisiano Hayder Mhazres, em São Paulo.

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Os promotores aguardam os laudos periciais que devem apontar qual substância foi usada nos envenenamentos. Segundo a investigação, os crimes ocorreram em contextos distintos, mas com o mesmo modus operandi: aproximação pessoal, ganho de confiança e envenenamento.

Caso começou com bolo envenenado

A investigação teve início após a prisão de Ana Paula, em 9 de julho, quando ela foi suspeita de tentar envenenar colegas de faculdade com um bolo.

A polícia afirma que a jovem teria preparado o alimento para incriminar a esposa de um policial militar com quem mantinha um relacionamento extraconjugal.

O episódio levantou suspeitas e levou os investigadores a cruzar dados de outras ocorrências semelhantes no estado.

Morte após feijoada

A morte do idoso, ocorrida em abril deste ano, foi inicialmente tratada como natural. O atestado de óbito apontava insuficiência respiratória aguda, complicações do diabetes e crise convulsiva como causas do óbito.

No entanto, novas investigações levantaram indícios de que Neil teria sido envenenado durante uma feijoada servida em sua casa, na Baixada Fluminense. No dia da morte, estavam com ele a filha, Michele Paiva da Silva, e Ana Paula.

Segundo a polícia, a suspeita adicionou veneno ao alimento a pedido de Michele, que teria pagado R$ 1,4 mil para que o crime fosse cometido. A motivação seria financeira. Após o almoço, o idoso passou mal e morreu.

Como a polícia chegou até as suspeitas

A suspeita de homicídio surgiu após uma denúncia anônima feita à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. Uma testemunha relatou o desaparecimento de R$ 4 mil de Neil e levantou a hipótese de assassinato.

Enquanto o caso era apurado no Rio, policiais de São Paulo identificaram semelhanças entre a morte do idoso e outros três homicídios cometidos por Ana Paula Veloso Fernandes em Guarulhos, cidade da Região Metropolitana.

Mensagens trocadas entre Ana Paula e sua irmã gêmea, Roberta, ajudaram a polícia a comprovar o envolvimento dela. Nos diálogos, as duas comentavam o planejamento e a execução da morte de Neil, usando códigos para se referir ao crime.

Ana Paula acabou confessando que colocou chumbinho na feijoada servida à vítima no Rio de Janeiro.

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