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Venezuela cita "possível ameaça militar dos Estados Unidos " após detectar 5 aviões de combate perto da costa

Episódio acontece em meio à presença de uma frota de navios de guerra dos EUA no Caribe, oficialmente enviada para combater o narcotráfico

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Venezuela x EUA: tensão entre os países aumentou nas últimas semanas - Reprodução
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O ministro da Defesa da Venezuela, general Vladimir Padrino, afirmou nesta quinta-feira (2) que cinco aviões de combate foram detectados próximos à costa venezuelana, em um episódio que ele classificou como uma "possível ameaça militar dos Estados Unidos".

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Segundo Padrino, a informação foi repassada por uma companhia aérea civil a uma torre de controle, antes de ser confirmada pelas autoridades militares. O ministro fez o anúncio durante um discurso em uma base aérea, reforçando o tom de alerta contra ações norte-americanas na região.

O episódio acontece em meio à presença de uma frota de navios de guerra dos EUA no Caribe, oficialmente enviada por Washington para combater o narcotráfico internacional.

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De acordo com o governo norte-americano, as operações têm como alvo embarcações ligadas ao tráfico de drogas que partem da Venezuela. Nos últimos meses, forças dos EUA atacaram barcos suspeitos, o que resultou em mortes de pessoas a bordo.

O governo de Nicolás Maduro denuncia as operações como uma forma de pressão política e militar dos Estados Unidos.

Decreto em caso de “agressão” dos EUA

Na última segunda-feira (29), a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, informou que o governo tem pronto um decreto para declarar estado de exceção em caso de agressão dos Estados Unidos.

Se promulgado, o decreto, com validade de 90 dias, permitirá que o presidente Nicolás Maduro convoque as Forças Armadas em todo o território para atuar em matéria de defesa e segurança do país. Estabelecerá, ainda, poderes especiais para que Maduro possa ordenar o fechamento das fronteiras, tanto marítimas, como aéreas e terrestres.

"A Venezuela está sendo vítima de uma campanha sem precedentes. Os Estados Unidos pensaram que o povo Venezuela se renderia frente a ameaça psicológica e ameaça física, com navios apontados para a nossa costa caribenha. Eles devem pensar muito bem, porque as consequências serão catastróficas”, disse Rodríguez, citando um possível confronto entre os países," diz Delcy.

Tensão entre Venezuela e EUA

A tensão entre os países aumentou nas últimas semanas, quando militares norte-americanos lançaram ataques contra embarcações venezuelanas que supostamente transportavam narcóticos ilegais.

A primeira ação, em 2 de setembro, deixou 11 mortos, enquanto a segunda, no dia 15 do mesmo mês, terminou com três mortos e um militar norte-americano ferido.

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Em agosto, Washington enviou navios militares ao sul do Caribe, próximo à costa venezuelana, em uma missão contra o narcotráfico. A operação despertou alerta no presidente Nicolás Maduro, que começou a mobilizar militares e milicianos.

O venezuelano teme que a operação naval norte-americana seja uma ofensiva disfarçada, com o objetivo de mudar o regime do país à força.

Washington considera o presidente como um dos principais narcotraficantes do mundo, alegando que o político usa organizações criminosas internacionais para levar drogas aos Estados Unidos.

Desde então, Maduro ordenou reforço no patrulhamento da fronteira, enviando 25 mil soldados das Forças Armadas ao Caribe e aumentando as inspeções aéreas sobre os navios norte-americanos.

A ação fez os Estados Unidos enviarem 10 caças F-35 para um aeródromo em Porto Rico, escalando ainda mais a tensão entre os países.

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