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Trump diz acreditar que dias de Maduro como presidente da Venezuela "estão contados"

Líder norte-americano preferiu não comentar sobre supostos ataques terrestres, mas negou possibilidade de entrar guerra com o país

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Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump | White House
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse acreditar que os dias de Nicolás Maduro como líder da Venezuela “estão contados”. A declaração foi dada em meio às movimentações norte-americanas no sul do Caribe, próximo à costa venezuelana.

Falando em entrevista ao programa “60 minutes”, da CBS, Trump foi questionado se os dias de Maduro como presidente estavam contados. À repórter Norah O'Donnell, o republicano respondeu “diria que sim, acho que sim”. Em seguida, disse que não iria confirmar ou negar a possibilidade de ataques terrestres na Venezuela.

“Não estou dizendo que é verdade ou mentira, porque eu não falaria para uma repórter o que eu atacaria. Mas eu acho que não [entraríamos em guerra com a Venezuela]. Mas eles têm nos tratado muito mal, não apenas com drogas - eles despejaram centenas de milhares de pessoas em nosso país que não queríamos, pessoas que estavam em prisões”, disse.

Venezuela e Estados Unidos vivem momentos de tensão desde agosto, quando Washington enviou navios militares ao sul do Caribe, próximo à costa venezuelana, em uma missão contra o narcotráfico. A operação despertou alerta no presidente Nicolás Maduro, que começou a mobilizar militares e milicianos.

Isso porque o venezuelano teme que a operação naval norte-americana seja uma ofensiva disfarçada, com o objetivo de mudar o regime do país à força. Washington considera o presidente como um dos principais narcotraficantes do mundo, alegando que o político usa organizações criminosas internacionais para levar drogas aos Estados Unidos.

A tensão entre os países aumentou nas últimas semanas, quando militares norte-americanos lançaram ataques contra embarcações venezuelanas que supostamente transportavam narcóticos ilegais. Desde então, Maduro ordenou reforço no patrulhamento da fronteira, enviando 25 mil soldados das Forças Armadas ao Caribe e aumentando as inspeções aéreas sobre os navios norte-americanos.

Em meio ao cenário, Trump autorizou a Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) a conduzir operações secretas na Venezuela. A Casa Branca deixou claro, em conversas particulares citadas pelo The New York Times, que o objetivo final é remover Maduro do poder.

+ 'Não queremos guerra', diz Maduro após Trump autorizar CIA a conduzir ações secretas na Venezuela

Em resposta, a Venezuela pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que declare ilegais os ataques norte-americanos contra embarcações próximas à costa do país, acusando o país de matar ao menos 27 pessoas. Solicitou, ainda, que o grupo aprove uma declaração reafirmando "o princípio do respeito irrestrito à soberania, independência política e integridade territorial dos Estados", incluindo a Venezuela.

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