Polícia prende suspeita de envolvimento no roubo de quadros de Portinari e Matisse em SP
Investigação aponta que mulher ajudou a esconder obras roubadas da Biblioteca Mário de Andrade; três suspeitos já foram identificados
Fabio Diamante
Robinson Cerantula
A polícia de São Paulo prendeu nesta sexta-feira (19) a mulher de um dos suspeitos de participar do roubo milionário dos 13 quadros de Portinari e Matisse da biblioteca pública Mário de Andrade. Dois envolvidos já tinham sido presos.
Cícera de Oliveira Santos foi presa no fim da tarde. Ela é mulher de Gabriel Pereira Rodrigues de Mello, conhecido como Gargamel, um dos ladrões das obras de arte levadas da Biblioteca Mário de Andrade e que está foragido. Para a Polícia, ela ajudou a esconder as obras. Cícera teve a prisão temporária decretada pela Justiça.
Felipe dos Santos Fernandes, o primeiro a ser preso pelo roubo das obras de arte, também foi interrogado mais uma vez nesta sexta-feira. Ele foi levado à delegacia para fazer o reconhecimento do último suspeito preso, na quarta-feira passada: Luis do Carmo, conhecido como Irmão Magrão, e integrante da facção Primeiro Comando da Capital, o PCC.
Segundo a investigação, Felipe e Gabriel entraram na Biblioteca Mário de Andrade, no dia 7 de dezembro, para roubar as 13 obras de arte de Cândido Portinari e Henri Matisse.
A investigação já ligou esses três criminosos. Gabriel, que segue foragido, é dono de um Celta, apreendido pela polícia. Os dois homens presos usaram o veículo no dia do roubo. Os investigadores acreditam que as obras chegaram a ficar escondidas dentro do carro.
Luis do Carmo também foi gravado por câmeras de segurança andando por uma rua do centro da cidade, ao lado de Felipe e Gabriel, minutos depois do crime.
A Polícia também descobriu que as obras foram levadas para um prédio na rua Conde de Sarzedas, no bairro do Glicério, na região central. O local fica a cerca de dois quilômetros da Biblioteca Mário de Andrade. Gabriel mora no quinto andar do prédio. Ele foi gravado pelas câmeras do condomínio com as obras e a roupa usada no roubo. Mais tarde, saiu com outra roupa, circulou pelas ruas do bairro e não voltou mais.
Para a Polícia, os três identificados participaram da execução de um crime encomendado. Os ladrões receberam instruções para que o roubo fosse realizado na manhã do dia 7 de dezembro, um domingo, último dia da exposição e com a presença de poucos seguranças.









