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Familiares dizem que vítimas de ataque dos EUA na costa da Venezuela são inocentes

Vítimas de ofensiva americana foram identificadas como Chad 'Charpo' Joseph e Rishi Samaroo, ambos cidadãos de Trindade e Tobago

Imagem da noticia Familiares dizem que vítimas de ataque dos EUA na costa da Venezuela são inocentes
Rishi Samaroo (à esq.) e Chad "Charpo" Joseph (à dir.) | Foto: Reprodução/Redes sociais
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Familiares e vizinhos de dois homens apontam que eles estão entre as seis pessoas mortas em um ataque aéreo dos Estados Unidos contra um barco que supostamente transportava drogas da Venezuela. Eles foram identificados como Chad "Charpo" Joseph e Rishi Samaroo, ambos cidadãos de Trindade e Tobago. As informações são do jornal britânico The Guardian.

A polícia de Trindade e Tobago afirmou que ainda estava confirmando se havia trinitários entre os mortos, mas moradores da vila de pescadores de Las Cuevas, na costa norte, disseram ao The Guardian que os homens estavam no barco que foi atacado. Sem fornecer provas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a embarcação estava "associada a redes narcoterroristas ilícitas".

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Samaroo, de 26 anos, foi libertado da prisão em 2021, após cumprir pena pelo assassinato de um vendedor ambulante em 2009. A reportagem do The Guardian não deixa claro se Joseph, o outro homem, tem antecedentes criminais, mas familiares alegam que ele não estava envolvido com drogas.

"De acordo com a lei marítima, se você avistar um barco, deve pará-lo e interceptá-lo, não apenas explodi-lo", afirmou a mãe de Joseph, Leonore Burnley, à agência de notícias Agence France-Presse (AFP).

"Essa é a nossa lei marítima de Trindade e Tobago, e acho que todo pescador e todo ser humano sabe disso", acrescentou a mulher, ressaltando que o filho planejava voltar a Trindade e Tobago depois de passar três meses com a família na Venezuela.

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A avó de Joseph, Christine Clement, também rejeitou as acusações de tráfico, chamando o ataque de "maldade".

Pelo menos 27 pessoas foram mortas desde o início de setembro em ataques desse tipo na costa da Venezuela, que o governo Trump afirma serem necessários para proteger os EUA de narcóticos contrabandeados da Venezuela. No mês passado, pescadores de Las Cuevas disseram ao The Guardian que temiam ser pegos no fogo cruzado da "guerra às drogas" de Trump na região e que haviam mudado sua rota habitual.

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