Polícia

Família denuncia morte de idoso em hospital investigado por atuação de falsos médicos em São Paulo

Paciente morreu após complicações de cirurgia para retirada de tumor no reto

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Uma nova denúncia envolve o Hospital Jardim Helena, onde dois falsos médicos atuaram por mais de dois anos na zona leste de São Paulo. Um idoso morreu após complicações em uma cirurgia, e a família denuncia falhas graves no procedimento.

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A cirurgia para retirada de um tumor no reto não teve sucesso. Durante três dias, o senhor Jurandir sofreu com dores intensas até passar por uma nova operação. Desta vez, ele não resistiu e morreu.

O caso aconteceu há cerca de um ano, mas só agora a filha da vítima, Lilian Barrinuovo, procurou a delegacia para registrar um boletim de ocorrência.

“É um novo caso, o hospital tem que ser responsabilizado pelas coisas que acontecem”, afirma Lilian.

No atestado de óbito, consta que o idoso faleceu em decorrência de um choque séptico, conhecido popularmente como infecção generalizada. O agravamento do quadro teria ocorrido após um grampo cirúrgico se soltar depois da primeira operação. Segundo Lilian, o próprio cirurgião teria dito que o material utilizado era de má qualidade.

“O meu pai fez duas cirurgias. A primeira cirurgia não foi bem-sucedida, um grampo abriu. Um grampo cirúrgico, como um grampo abre em um paciente?”, questionou. Em outro momento, ela relata ter ouvido do médico: “É, acho que o grampo cirúrgico não é muito bom”.

A delegacia responsável pela investigação do caso dos falsos médicos ainda deve ouvir os administradores do hospital para entender como os profissionais conseguiram ser contratados.

Um dos falsos médicos foi identificado como Mayke Cesar Silva. Ele se apresentava com a identidade e o registro profissional de um médico verdadeiro no Conselho Regional de Medicina (CRM), que, segundo a polícia, não teve qualquer relação com a falsificação. O outro suspeito foi identificado apenas como Marcos e utilizava os dados de um médico real do interior de São Paulo.

Nos últimos dias, a polícia cumpriu cinco mandados de busca e apreensão. Um deles foi realizado no hospital, onde documentos importantes foram recolhidos. Os papéis confirmam que os falsos médicos atenderam quase nove mil pessoas ao longo de dois anos. Os outros quatro mandados foram cumpridos em endereços onde Mayke Cesar Silva supostamente morava, mas ele não foi localizado.

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