Trump critica juízes por barrarem decretos e diz que recorrerá de decisões
Vice-presidente também reclamou da situação, afirmando que a interferência do Judiciário em trabalhos de outros Poderes é ilegal
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Camila Stucaluc
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou os juízes federais que barram seus decretos. Citando a decisão que suspendeu os planos para desmantelar a Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês), o republicano disse que “sempre respeitará os tribunais”, mas que recorrerá da deliberação.
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"Parece difícil acreditar que juízes querem tentar nos impedir de observar a corrupção, especialmente quando encontramos centenas de milhões de dólares ou muito mais que isso em um período tão curto de tempo. Perder este momento seria muito prejudicial para encontrar a verdade. Há muito a descobrir. Sem desculpas”, disse Trump.
Essa não foi a primeira vez que um juiz barrou alguma ordem de Trump. Nas últimas semanas, a Justiça suspendeu a medida que acaba com o direito de cidadania por nascidos no país, bem como a que obriga a transferência de presidiárias transgênero para prisões masculinas. Em ambos os casos, o republicano disse que iria recorrer.
Há ainda uma batalha entre o bilionário Elon Musk, que comanda o Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês), para acessar dados do Tesouro Nacional. As restrições impostas, como a informações sensíveis e confidenciais, frustram os planos do dono da Meta, que planeja diminuir os gastos do governo.
As ações estão gerando um impasse entre a administração de Trump e o setor Judiciário. Pelas redes sociais, o vice-presidente, J.D Vance, reclamou da situação, dizendo que a interferência de juízes em trabalhos de outros Poderes é ilegal.
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“Se um juiz tentasse dizer a um general como conduzir uma operação militar, isso seria ilegal. Se um juiz tentasse dar ordens ao procurador-geral sobre como usar seu poder discricionário como promotor, isso também seria ilegal. Os juízes não têm permissão para controlar o poder legítimo do Poder Executivo”, escreveu Vance.