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Juiz impede Trump de afastar milhares de trabalhadores da USAID

Presidente dos Estados Unidos também enfrenta decisões judiciais contrárias ao fim do direito de cidadania para nascidos no país

Imagem da noticia Juiz impede Trump de afastar milhares de trabalhadores da USAID
Protesto marca Trump em tentativa de afastar trabalhadores da Usaid | Reprodução/SBT Brasil
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Um juiz federal dos Estados Unidos bloqueou temporariamente a decisão do presidente Donald Trump de afastar milhares de funcionários da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e impor um prazo de 30 dias para que retornem ao país. A medida, apoiada pelo bilionário Elon Musk, faz parte do plano de corte que gastos que prevê praticamente acabar com a agência.

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O juiz Carl Nichols, nomeado pelo próprio Trump, considerou que a decisão colocaria funcionários e suas famílias em risco desnecessário, além de gerar custos elevados. Ele também destacou relatos de trabalhadores no exterior que tiveram acesso cortado a e-mails e sistemas do governo, impossibilitando contato em caso de emergências. "Licença na Síria não é o mesmo que licença em Bethesda", afirmou o juiz, em decisão na noite de sexta-feira (7). Nichols citou ainda a situação de servidores que não têm casa nos Estados Unidos para onde voltar, depois de anos morando fora, e de crianças com necessidades especiais que ficariam sem escola com a mudança de suas famílias.

Ainda assim, o magistrado disse que a sua ordem não acatava o pedido dos servidores para reverter a decisão de Trump de desmantelar a agência.

A administração Trump já havia começado a desmontar a USAID, eliminando financiamento para programas de assistência e bloqueando o acesso de funcionários e contratados a sistemas internos. Até mesmo aplicativos de segurança foram desativados nos celulares dos funcionários. A ação gerou forte reação de associações de servidores públicos e parlamentares democratas, que argumentam que Trump não tem autoridade para fechar a agência sem aprovação do Congresso.

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Mesmo com a decisão judicial, a administração segue tentando reduzir o alcance da USAID, transferindo parte de seus programas para o Departamento de Estado, sob comando de Marco Rubio. Paralelamente, há temores de cortes ainda maiores no quadro de funcionários.

A ordem judicial representa um revés para Trump, que tem enfrentado bloqueios legais em outras políticas polêmicas, como o incentivo à demissão de servidores públicos e o fim da cidadania por nascimento para filhos de imigrantes ilegais, também barrada por decisão de juízes norte-americanos.

*As informações são da Associated Press

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