Decisão do governo Trump de acabar com a USAID já causa impactos no Brasil
Em todo o mundo, o órgão financiou 47% da ajuda humanitária no ano passado
Eduardo Pinzon
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) anunciou uma licença, sem prazo de retorno, para mais de 10 mil funcionários. Aqui no Brasil, o corte das verbas já começa a ser sentido.
A USAID financiava diversos projetos no Brasil ligados a causas como preservação ambiental e proteção de minorias. Em todo o mundo, o órgão financiou 47% da ajuda humanitária no ano passado. A ONU já alertou que esses cortes nos fundos para ajuda externa terão impacto global.
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Treinar 2.400 enfermeiros para atuarem em desastres, como nas enchentes do Rio Grande do Sul, no ano passado, era o objetivo do Conselho Federal de Enfermagem. O plano foi interrompido com o fechamento da USAID, que financiava o curso que formaria a primeira turma em janeiro.
O programa "A Hora é Agora", um dos impactados, foi suspenso no final de janeiro após os Estados Unidos anunciarem o corte de verbas de ajudas humanitárias. O serviço orientava os pacientes com HIV no acesso aos remédios anti-retrovirais e no tratamento pré e pós-exposição ao vírus.
"Certamente isso vai ter um impacto no acesso às populações mais vulnerabilizadas e também nos nossos indicadores", diz Carla Almeida, coordenadora do Grupo de Prevenção de AIDS de Porto Alegre.
