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Tensão na Europa: Medvedev alerta para uso de armas de destruição em massa

Ex-presidente da Rússia faz alerta em meio a possibilidade de membros da Otan ingressarem na guerra; Zelensky reforça segurança aérea

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Rússia lançou centenas de drones e mísseis contra Kiev e outras partes da Ucrânia. | Reprodução/Redes sociais/@ZelenskyyUa
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O ex-presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmou nesta segunda-feira (29) que a Europa não pode se dar ao luxo de entrar em guerra contra o país. Segundo ele, caso isso ocorra, o conflito pode levar ao uso de armas de destruição em massa.

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Em publicação no Telegram, Medvedev classificou a Europa como "velha e frígida". "Tal conflito tem um risco absolutamente real de se transformar em uma guerra usando armas de destruição em massa", disse o político, que atualmente é vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia.

A declaração ocorre em meio a acusações de países europeus de que drones de origem russa estariam sobrevoando áreas sensíveis, em uma suposta ameaça à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Na semana passada, autoridades da Dinamarca, Noruega e Alemanha afirmaram ter identificado drones em seus territórios.

Embora não tenham apontado diretamente a Rússia, os países temem que a movimentação esteja ligada à possível inclusão da Ucrânia na Otan.

"A Rússia quer testar nossa determinação e provocar tumultos. Isso é perigoso e deve ser respondido de forma clara e com unidade", disse.

Zelensky pede novas sanções e reforço na defesa aérea

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou no domingo (28) que a Rússia "pagará por tudo o que está fazendo" após novos ataques em larga escala.

Ele disse estar elaborando estratégias de defesa aérea com aliados europeus e pediu mais sanções contra Moscou.

"Durante esta semana, trabalharemos em conjunto com nossos amigos europeus para implementar o mais breve possível as medidas acordadas em matéria de defesa aérea. A Rússia certamente responderá por tudo o que está fazendo", disse.

Zelensky defendeu ainda novas sanções contra a Rússia, com foco no comércio de energia e na frota de petroleiros, para enfraquecer financeiramente o país e reduzir a força do exército russo.

No domingo, a Rússia lançou centenas de drones e mísseis contra Kiev e outras regiões da Ucrânia, em um dos ataques mais intensos contra a capital desde o início da invasão. Pelo menos quatro pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.

O exército ucraniano informou que a Rússia lançou 595 drones e 48 mísseis, dos quais 568 drones e 43 mísseis foram abatidos pelas defesas aéreas. O principal alvo foi a capital Kiev.

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