Bolsonaro pede para fazer uso de antidepressivo, dizem médicos
Segundo os profissionais, ex-presidente não está feliz e fica ainda mais abatido em meio a crises longas de soluço
Sofia Pilagallo
Jair Bolsonaro pediu para fazer uso de remédio antidepressivo, afirmaram os médicos do ex-presidente em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (31). Segundo os profissionais, ele não está feliz e fica ainda mais abatido em meio a crises longas de soluço.
Do Hospital DF Star, em Brasília, o cirurgião Cláudio Birolini e o cardiologista Brasil Caiado afirmaram a jornalistas que Bolsonaro já iniciou o tratamento e que o remédio deve começar a surtir efeito dentro de alguns dias. Eles não mencionaram o nome do medicamento ou a dosagem administrada.
Apesar do humor, os médicos afirmaram que Bolsonaro está mais "disciplinado" e que vem adotando todas as recomendações dos profissionais. Ele estaria seguindo uma alimentação mais "adequada" e "fracionada", e evitando hábitos como deitar depois de comer, que podem desencadear ou piorar os soluços.
Bolsonaro está internado desde o último dia 24, quando foi transferido da Superintendência da Polícia Federal (PF) para o hospital. Ele passou por uma cirurgia de hérnia inguinal bilateral, no dia 25, e foi submetido a outros procedimentos. A expectativa é de que o ex-presidente receba alta hospitalar na quinta-feira (1º), pela manhã.
Nos sete dias em que esteve internado, Bolsonaro foi submetido ainda a bloqueios do nervo frênico, responsável por enviar os comandos do cérebro ao diafragma, principal músculo da respiração. Ele também passou por exame de endoscopia, que apontou gastrite e esofagite erosiva. Os médicos acreditam que esta última é a causadora dos soluços.
"Ontem [terça-feira], após o procedimento do bloqueio do nervo, houve outro pico hipertensivo. Usamos novamente medicações endovenosas dentro do centro cirúrgico, mas, no decorrer da noite, ele estabilizou, apresentou uma melhora do soluço", afirmou o cardiologista Brasil Caiado. "A forma e a modificação do medicamento começaram a surtir efeito, mas precisamos de um pouco mais de tempo."










