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Lavrov nega sobrevoo de drones russos na Europa e ameaça resposta se houver ação da Otan

Ministro russo disse na ONU que Moscou não abrirá mão de garantias para encerrar a guerra na Ucrânia e criticou o Ocidente

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Discurso de Sergei Lavrov na ONU - Reprodução/Reuters
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Durante discurso na Assembleia Geral da ONU neste sábado (27), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, negou qualquer envolvimento russo nos recentes sobrevoos de drones sobre países da Europa e fez um alerta à Otan: “qualquer agressão contra meu país será recebida com uma resposta decisiva”.

“O presidente Putin tem repetidamente desmascarado essas provocações. A Rússia está sendo acusada de planejar um ataque à Aliança do Atlântico Norte e à União Europeia, o que não procede”, declarou Lavrov.

A fala ocorre em meio a acusações de países europeus de que drones de origem russa estariam sobrevoando áreas sensíveis. A ação é considerada uma ameaça aos membros da Otan.

Neste sábado, as Forças Armadas da Dinamarca confirmaram a presença de drones não identificados em áreas militares durante a noite.

Além disso, autoridades da Noruega anunciaram investigação sobre possíveis drones avistados nos arredores da base aérea de Oerland, no centro do país, considerada a principal base dos caças F-35.

Na Alemanha, o ministro do Interior, Alexander Dobrindt, afirmou que a ameaça é “alta” e que medidas de proteção estão sendo adotadas após novos avistamentos.

Em resposta a suposta ofensiva russa, ministros da Defesa de países do leste europeu concordaram que a criação de um “muro antidrones”, com tecnologias avançadas de rastreamento e interceptação, é prioridade para o bloco.

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Discurso na ONU

Em relação a outros pontos de Lavrov na ONU, o chanceler afirmou que o governo de Vladimir Putin está aberto a negociações para encerrar a guerra na Ucrânia, mas não abrirá mão das garantias de segurança para a população de origem russa no leste ucraniano.

Ele também elogiou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo “desejo de construir um diálogo” após a cúpula bilateral realizada no Alasca no mês passado.

O chanceler acusou o Ocidente de “sabotar” soluções construtivas no Conselho de Segurança da ONU ao rejeitar, junto com aliados, uma proposta de China e Rússia para prorrogar o acordo nuclear iraniano de 2015.

Segundo ele, as sanções impostas a Teerã são ilegais e refletem a política ocidental de “chantagem e pressão”.

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