Ataque russo na Ucrânia mata 4 e deixa dezenas de feridos em Kiev e outras cidades
Zelensky informou que uma menina de 12 anos está entre os mortos e que pelo menos 40 pessoas ficaram feridas na capital
Caroline Vale
com informações da Reuters
A Rússia lançou centenas de drones e mísseis contra Kiev e outras regiões da Ucrânia na manhã deste domingo (28), matando pelo menos quatro pessoas e deixando dezenas de feridos. Foi um dos ataques mais intensos contra a capital desde o início da invasão em larga escala.
Pessoas feridas estavam sendo tratadas após um ataque na cidade de Zaporizhzhia, no sul do país. "O inimigo disparou um míssil contra um prédio residencial", disse o governador de Zaporizhzhia, Ivan Fedorov, à Reuters. Pelo menos 21 moradores ficaram feridos.
+ Lavrov nega sobrevoo de drones russos na Europa e ameaça resposta se houver ação da Otan
De acordo com o exército ucraniano, a Rússia lançou 595 drones e 48 mísseis durante a noite. As defesas aéreas conseguiram abater 568 drones e 43 mísseis. O comando militar afirmou que o principal alvo da ofensiva era a capital Kiev.
O presidente Volodymyr Zelensky declarou que o ataque se estendeu por mais de 12 horas e causou danos significativos a um Instituto de Cardiologia, fábricas e prédios residenciais.
+ Zelensky alerta na ONU que Putin quer expandir a guerra e diz que “ninguém está seguro”
Ainda segundo Zelensky, além de Kiev, as cidades de Zaporizhzhya, Kmenytsky, Sumy, Mykolaiv, Chernigov e Odessa foram atacadas. Ainda segundo ele, uma menina de 12 anos está entre os mortos e pelo menos 40 pessoas ficaram feridas.
"Este ataque vil ocorreu praticamente no final da semana da Assembleia Geral da ONU, e é exatamente assim que a Rússia declara sua verdadeira posição. Moscou quer continuar lutando e matando, e merece a mais dura pressão do mundo. O Kremlin se beneficia da continuidade desta guerra e deste terror enquanto obtiver receita com energia e operar uma frota paralela. Continuaremos a contra-atacar para privar a Rússia dessas fontes de receita e obrigá-la a recorrer à diplomacia", afirmou o presidente ucraniano no X (antigo Twitter).