Rebeldes sírios tomam cidade estratégica e se aproximam da capital Damasco
Movimento se coloca contra o ditador Bashar al-Assad, no comando do país há duas décadas
SBT News
O movimento de rebeldes sírios para tomar o poder do país segue em ofensiva contra a capital Damasco. Ao longo deste sábado (7) representantes jihadistas da Organização para a Libertação do Levante avançaram contra cidades e tomaram áreas do suburbio do centro de poder sírio.
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Segundo informações de agências de notícias internacionais as cidades Quneitra, que fica próxima à fronteira com Israel, e Sanamayan, próxima a capital do país foram controladas. Além de Homs, que é um ponto estratégico do governo. No local, 3,5 mil prisioneiros foram libertados.
As ações são voltadas para derrubar o presidente Bashar al-Assad, que está no poder do país há 24 anos. Ele é uma figura polêmica, com oposições a potências mundiais e acusado de ferir direitos humanos.
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A gestão conta com apoio do Irã e da Rússia e Assad é apontado como um personagem capaz de estabilizar a segurança e frear grupos terroristas. Representantes do país afirmam que o líder não deixou a capital e que o centro de poder está protegido de ataques.
A Organização das Nações Unidas (ONU) fez pedidos para uma saída que não coloque em risco a população.
Ataques rebeldes
Pela primeira vez na longa guerra civil do país, o governo controla agora apenas quatro das 14 capitais provinciais: Damasco, Homs, Latakia e Tartus.
Os avanços da semana passada estiveram entre os maiores dos últimos anos por facções da oposição, lideradas por um grupo que tem origem na Al Qaeda e é considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos e as Nações Unidas.
A medida que avançavam, os insurgentes, liderados pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham, ou HTS, encontraram pouca resistência por parte do exército sírio.
Em entrevista ao jornal norte-americano The New York Times, o líder do movimento rebelde, Abu Mohammed al-Golani, afirmou que a intenção do grupo é libertar o país "do regime opressivo".
*Com informações de agências de notícias internacionais e Associeted Press.