Publicidade

Peixe de água doce, caminhadas e reunião em barco: as curiosidades da visita de Macron ao Brasil

O presidente da França aterrissa em Belém nesta terça-feira (26) e passará três dias no país

Peixe de água doce, caminhadas e reunião em barco: as curiosidades da visita de Macron ao Brasil
Publicidade

O presidente da França, Emmanuel Macron, aterrissa em Belém na nesta terça-feira (26) e passará três dias no Brasil. Após reuniões e atividades na capital do Pará, ele passará por Rio de Janeiro, São Paulo e encerra a visita em Brasília, com as cerimônias padrão para recepção de chefes de Estado. 

As reuniões entre Macron e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) serão divididas em quatro eixos: meio ambiente, defesa, economia e política. Alguns detalhes da visita foram explicados em um briefing no Palácio do Itamaraty conduzido pela Secretária de Europa e América do Norte, Maria Luísa Escorel de Moraes.

+ Macron vai à Amazônia com Lula e quer caminhar na Avenida Paulista

Ela revelou curiosidades, como a intenção de Macron de caminhar na Avenida Paulista após evento em São Paulo, de visitar o Museu de Artes de São Paulo (MASP), de jantar com Chico Buarque e ele não comer peixe de água doce.

Apesar de não estar na pauta principal, as questões referentes ao acordo comercial Mercosul e União Europeia também devem ser colocados em pauta por Lula, mas não serão o foco das discussões com Macron.

+ França é o primeiro país no mundo a tornar aborto um direito constitucional

Meio ambiente

A agenda de Macron no Brasil será bastante movimentada. Ao chegar em Belém, ele será recebido pelo presidente Lula e pelo governador do Pará, Helder Barbalho. Após a recepção dos anfitriões, Lula e Macron vão fazer uma reunião com foco em meio ambiente em um barco na Baía de Guajará enquanto o veículo navega em direção à Ilha do Combu, onde os presidentes vão fazer uma caminhada pela floresta e vão se reunir com lideranças indígenas de diferentes etnias que vão trazer suas pautas para os chefes de Estado.

Segundo Maria Luísa Escorel, a intenção do presidente da República é mostrar ao francês a "realidade e as complexidades" da Amazônia. Após a reunião, será oferecido a Macron um lanche amazônico com comidas típicas. No entanto, o presidente francês não viverá a experiência completa, pois não come peixe de água doce, especificamente.

+ Mesmo sem apoio de Lula, esquerda faz atos pelo Brasil: veja como foi

"Eles andarão um pouco pela floresta para o Macron ter noção o que é uma floresta amazônica, dimensão das árvores e a própria biodiversidade. Em Belém, Macron e Lula terão oportunidade de se reunir com representantes de comunidades indígenas. Grupos de diferentes etnias estarão lá para conversa franca e aberta [...] não é só uma grande floresta, mas um local onde há uma grande população que depende da Amazônia para sua sobrevivência”, explicou.

Foto: Ilha do Combu

Em alguns discursos, Lula fez críticas a chefes de Estado europeus por falarem da Amazônia com frequência, mas sem conhecer a realidade da floresta. Macron visitará a floresta no território na cidade que sediará a COP 30, em 2025. Além disso, 1% da Amazônia está no território da Guiana Francesa, que é um departamento da França.

Defesa

Após a tarde movimentada em Belém, Macron e Lula embarcam em voos separados, ainda na terça, para o Rio de Janeiro e ficarão hospedados em Copacabana em hotéis diferentes por questões de segurança. Logo no começo da quarta (27), os presidentes vão até o heliporto do Forte de Copacabana e viajam para o município de Itaguaí, onde participarão da inauguração do submarino Tonelero, construído no Brasil com parceria e transmissão de tecnologia do governo francês.

+ Macron diz que não exclui possibilidade de enviar tropas terrestres à Ucrânia

A embarcação será inaugurada pela primeira-dama, Janja Lula da Silva. Existe uma tradição em cerimônias navais no Brasil que mulheres devem fazer a inauguração e é estourada uma garrafa de champanhe para marcar o momento.

Economia

Ainda na quarta (27), Macron vai a São Paulo acompanhado do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) para uma reunião da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) com empresários dos dois países.

O Brasil pretende atrair mais investimentos e aumentar as exportações francesas, uma vez que o país tem um déficit de US$ 2,6 bilhões na balança comercial com a França. Macron fará um discurso no evento com os empresários, e em seguida, vai inaugurar o Instituto Pasteur, na Universidade de São Paulo (USP).

+ 'Sumiço' de móveis do Alvorada: Bolsonaro processa Lula e pede R$ 20 mil de indenização

À noite, Macron participará de um jantar com membros da comunidade francesa em São Paulo, artistas e "grandes nomes da cultura brasileira". Não tem uma lista pré-definida, mas segundo a embaixadora Maria Luísa Escorel, Macron quer jantar com Chico Buarque.

Depois do evento, Macron pretende voltar caminhando ao hotel que ficará hospedado. O francês gosta que sua imagem seja associada a uma pessoa ligada a exercícios físicos. Nesta semana, ele publicou uma foto enquanto praticava boxe.

Política

No último dia de visita, na quinta (28), Macron volta para Brasília e será recebido com todas as cerimônias tradicionais para chefes de Estado. O presidente francês subirá a rampa do Palácio do Planalto e se reunirá com o presidente Lula.

Nesta reunião, estão programados debates sobre assuntos políticos, como relações bilaterais, a governança das instituições multilaterais, em especial o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU).

+ Governo Lula já avalia como erro ida de Lewandowski para a Justiça

Os presidentes também vão discutir sobre as guerras na Ucrânia, na Faixa de Gaza e as tensões em Essequibo, bem como as eleições na Venezuela. Um assunto espinhoso no encontro trata do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE). A França está se colocando como o maior entrave para a efetivação do acordo.

Segundo Escorel, o foco da visita é tratar dos assuntos convergentes, mas a questão envolvendo os blocos deve ser debatida durante a reunião. "Grandes parceiros têm divergências. Isso não é um problema, mas a gente vai saber lidar muito bem na hora que for adequado", disse.

A embaixadora frisou que o acordo não está paralisado e que os técnicos de Mercosul e União Europeia seguem conversando. O andamento político do acordo estagnou pois haverá eleições parlamentares em muitos países europeus, e com isso, algumas cadeiras na UE serão trocadas.

Após a reunião no Planalto, Macron participará de um almoço de cortesia no Itamaraty e também fará uma visita ao poder Legislativo e terá reuniões com os presidentes do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Em seguida, o presidente da França voltará ao país de origem.

Publicidade
Publicidade

Assuntos relacionados

Política
Lula
Emmanuel Macron
França
Brasil

Últimas notícias

Mega-Sena acumula e prêmio sobe para R$ 47 milhões; veja números

Mega-Sena acumula e prêmio sobe para R$ 47 milhões; veja números

Os números sorteados foram 19 - 23 - 25 - 36 - 44 - 46
Sergio Moro enfrentará novo julgamento no TSE por abuso de poder econômico

Sergio Moro enfrentará novo julgamento no TSE por abuso de poder econômico

Novas datas foram marcadas após recursos do PL e do PT. Análises ocorrerão nos dia 16 e 21 de maio
Fux assume relatoria de recurso contra inelegibilidade de Bolsonaro

Fux assume relatoria de recurso contra inelegibilidade de Bolsonaro

Defesa tenta reverter, no STF, decisão do TSE que afastou o ex-presidente das disputas políticas por 8 anos
Brasileiros em Orlando se mobilizam para doações ao Rio Grande do Sul

Brasileiros em Orlando se mobilizam para doações ao Rio Grande do Sul

Campanha acontece em diversos pontos de arrecadação, principalmente em comércios brasileiros que, agora, se transformaram em centros de coleta para doações
Maranhão tem 30 cidades em estado de emergência por causa das chuvas

Maranhão tem 30 cidades em estado de emergência por causa das chuvas

Segundo a Defesa Civil do estado, uma pessoa já morreu em decorrência das chuvas; 1031 família estão desabrigadas e 2.909, desalojadas
Estados se mobilizam para arrecadar doações ao Rio Grande do Sul

Estados se mobilizam para arrecadar doações ao Rio Grande do Sul

Cerca de 250 toneladas de ajuda humanitária foram arrecadadas no Paraná para apoiar as vítimas das enchentes
VÍDEO: Recém-nascida é resgata às pressas com banheira em Canoas, no Rio Grande do Sul

VÍDEO: Recém-nascida é resgata às pressas com banheira em Canoas, no Rio Grande do Sul

Família pediu socorro porque a água estava quase entrando no segundo piso da residência
Cidades no Rio Grande do Sul enfrentam impactos da tragédia mesmo após pausa na chuva

Cidades no Rio Grande do Sul enfrentam impactos da tragédia mesmo após pausa na chuva

Ao redor de Porto Alegre, municípios mobilizam abrigos para milhares de pessoas. Em regiões onde temporais cessaram, população continua sem energia
Governo fecha acordo com Congresso para reoneração gradual, sem impacto em 2024

Governo fecha acordo com Congresso para reoneração gradual, sem impacto em 2024

Adequação prevê retomada de imposto na folha de pagamento de forma gradativa, começando em 2025 até alcançar os 20% em 2028
Resgates no RS: voluntários relatam desafios para convencer as vítimas a deixarem suas casas

Resgates no RS: voluntários relatam desafios para convencer as vítimas a deixarem suas casas

Na última quarta-feira (8), equipes foram surpreendidas por um tiroteio enquanto tentavam fazer o resgate de famílias
Publicidade
Publicidade