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Número de mortos na guerra na Faixa de Gaza ultrapassa 45 mil

Mulheres e crianças representam mais da metade das vítimas, segundo Ministério da Saúde do enclave palestino

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Mulher palestina chora sobre o corpo de uma criança após ataques aéreos israelenses no campo de refugiados de Jabaliya | AP Photo/Ahmed Alarini, File
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O número de palestinos mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Israel e Hamas ultrapassou 45 mil, informou o Ministério da Saúde de Gaza nesta segunda-feira (16). Mulheres e crianças representam mais da metade das vítimas.

Segundo a pasta, 45.028 pessoas morreram e 106.962 foram feridas desde o início do conflito em 7 de outubro de 2023. Eles alertam, no entanto, que esses números podem ser ainda maiores, já que corpos permanecem soterrados em áreas inacessíveis ou destruídas do enclave palestino. Somente nas últimas 24 horas, 52 pessoas foram mortas em bombardeios israelenses no território.

Entre os mortos relatados no total geral estão 10 pessoas, incluindo quatro pessoas de uma mesma família, vítimas de um ataque israelense durante essa noite na Cidade de Gaza, disseram socorristas palestinos.

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Um outro ataque a uma escola, no domingo (15), na cidade de Khan Younis, no sul, matou pelo menos 13 pessoas, incluindo seis crianças e duas mulheres, de acordo com o Hospital Nasser, para onde os corpos foram levados.

Sem fornecer provas, o exército israelense afirmou ter “realizado um ataque preciso contra terroristas do Hamas que operavam em um centro de comando e controle dentro de um complexo”, que servia como escola em Khan Younis.

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Este conflito é, de longe, o mais mortal entre Israel e Hamas: o número de mortos representa cerca de 2% da população total pré-guerra de Gaza, estimada em 2,3 milhões. A ofensiva israelense em Gaza devastou grande parte do território, forçando o deslocamento de cerca de 90% da população. Muitos estão em acampamentos insalubres, enfrentando escassez de alimentos, água e outros serviços básicos.

Israel argumenta que os danos a civis são resultados das operações do Hamas em áreas residenciais, com túneis e infraestrutura militar ocultos. Por outro lado, autoridades palestinas e organizações de direitos humanos acusam Israel de crimes de guerra, enquanto o principal tribunal da ONU analisa uma denúncia de genocídio.

O alto número de vítimas civis fez o Tribunal Penal Internacional emitir mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e contra a humanidade no Estado da Palestina. Netanyahu rejeitou as acusações, afirmando que a guerra conduzida por Israel é "justa e necessária".

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