Ciclone Chido deixa ao menos 11 mortos no arquipélago francês de Mayotte
Fenômeno atingiu região com ventos de pelo menos 226 km/h, sendo o mais intenso em quase um século
Camila Stucaluc
Ao menos 11 pessoas morreram e outras 200 ficaram feridas com a passagem do ciclone Chido por Mayotte, arquipélago francês no Oceano Índico, no último sábado (14). Autoridades temem, no entanto, que o número de mortes seja ainda maior, passando dos 100.
“Acho que certamente serão várias centenas, talvez cheguemos a mil, até muitos milhares”, disse o prefeito de Mayotte, François-Xavier Bieuville. Segundo ele, será difícil fazer uma contagem oficial dos óbitos, uma vez que a maioria da população é muçulmana e, tradicionalmente, enterra os mortos em até 24 horas.
O ciclone atingiu Mayotte com ventos de pelo menos 226 km/h, sendo o mais intenso em quase um século. Imagens aéreas compartilhadas pelas forças francesas mostraram os destroços de centenas de casas improvisadas espalhadas pelas colinas de uma das ilhas do arquipélago. Postes e árvores também foram destruídas pelo fenômeno.
Bieuville informou que os serviços de emergência foram mobilizados por via marítima e aérea. Os trabalhos das equipes, no entanto, foram dificultados por danos nos aeroportos e problemas de eletricidade e de comunicação.
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Para aumentar os esforços, autoridades de Reunião, outro território francês do Oceano Índico, enviaram cerca de 800 equipes médicas e de resgate, assim como insumos a Mayotte. O presidente da França, Emmanuel Macron, e a chefe da União Europeia, Ursula von der Leyen, também prometeram enviar ajuda ao arquipélago.