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Movimentação militar dos EUA contra Venezuela aumenta tensão diplomática na América do Sul

Colômbia alerta para riscos de conflito e Celso Amorim, assessor especial brasileiro, defende solução diplomática para o combate ao tráfico de drogas

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Escalada das tensões entre EUA e Venezuela | Reprodução
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A decisão dos Estados Unidos de enviar navios de guerra à costa da Venezuela e a reação do presidente Nicolás Maduro, que prometeu defender o território, aumentaram as tensões na América do Sul.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou que uma eventual invasão poderia arrastar seu país para o conflito e fortalecer traficantes que atuam na fronteira, além de permitir o controle de riquezas minerais e agravar o tráfico de drogas na região. Ele disse ter alertado Washington de que a operação seria “um grande erro”.

No Brasil, o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim, declarou que a intervenção militar não é o caminho para combater o tráfico internacional de drogas e defendeu a cooperação entre os países, em vez de ações unilaterais.

A tensão ocorre enquanto os EUA acusam Maduro de liderar o chamado Cartel de Los Soles, considerado por Washington uma organização terrorista internacional.

No mês passado, os americanos ofereceram inicialmente uma recompensa de US$ 25 milhões (cerca de R$ 140 milhões) por informações que levassem à prisão do presidente venezuelano, valor que foi dobrado para US$ 50 milhões dias depois.

O envio das embarcações, equipadas com sistemas de mísseis capazes de atingir aeronaves, submarinos e alvos terrestres, faz parte da estratégia do presidente Donald Trump para combater cartéis latino-americanos de drogas.

Segundo a agência Reuters, cerca de 4 mil marinheiros e fuzileiros navais foram deslocados para o sul do Caribe, incluindo os destróieres USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson, além de aviões de vigilância P-8 e um submarino de ataque.

Em Caracas, Maduro declarou que “nenhum império vai tocar o solo sagrado da Venezuela” e anunciou a mobilização de 4,5 milhões de soldados da milícia em resposta ao movimento norte-americano.

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