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Mortes de civis em ação de Israel para achar reféns podem ser crimes de guerra, afirma ONU

Cerca de 274 palestinos foram mortos na ação que resultou no resgate de quatro israelenses em Gaza

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Palestinos fogem de bombardeio israelense na cidade de Rafah, na Faixa de Gaza | Unicef/Eyad El Baba
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O escritório de direitos humanos da ONU afirmou nesta terça-feira (11) que as mortes de civis na Faixa de Gaza durante a operação de Israel para libertar quatro reféns podem equivaler a crimes de guerra. Ainda de acordo com o gabinete, a manutenção de reféns pelo Hamas, também é proibido pelo direito humanitário internacional.

A operação aconteceu durante a manhã de sábado (8), no campo de refugiados densamente povoado de Nuseirat, no centro do enclave palestino. Segundo as autoridades de Gaza, 274 palestinos foram mortos e 698 ficaram feridos na ação.

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"A forma como o ataque foi conduzido numa área tão densamente povoada põe seriamente em questão se os princípios de distinção, proporcionalidade e precaução — tal como estabelecidos nas leis da guerra — foram respeitados pelas forças israelitas", afirmou o porta-voz do escritório, Jeremy Laurence.

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Laurence acrescentou que a manutenção de reféns em áreas tão densamente povoadas, coloca "as vidas dos civis palestinos, bem como dos próprios reféns, em risco adicional devido às hostilidades".

"Todas estas ações, por ambas as partes, podem constituir crimes de guerra", pontuou.

Acordo de cessar-fogo

O Conselho de Segurança da ONU aprovou na segunda-feira (11) a proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza apresentada pelos Estados Unidos. O texto teve 14 votos a favor e somente uma abstenção, da Rússia.

O plano é composto por três fases: a libertação de reféns pelo Hamas, a retirada dos soldados israelenses da região e o fim das hostilidades. Por fim, a proposta prevê meios para a reconstrução do território palestino. Segundo a agência Reuters, o acordo já foi aceito pelo grupo militar palestino.

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