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Harvard processa governo Trump para impedir congelamento de US$ 2 bilhões em verbas

Universidade defendeu que ação é "arbitrária e caprichosa" e irá prejudicar programas de pesquisa

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Universidade de Harvard | Reprodução
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A Universidade de Harvard informou, na segunda-feira (21), que entrou com um processo contra o governo dos Estados Unidos para impedir o congelamento de US$ 2,2 bilhões em subsídios federais. No documento, a instituição alegou que a ação é "arbitrária e caprichosa" e que viola a Primeira Emenda e as disposições estatutárias do Título VI da Lei dos Direitos Civis.

"O governo não reconheceu as consequências significativas que o congelamento indefinido de bilhões de dólares em financiamento federal de pesquisa terá sobre os programas de pesquisa de Harvard, os beneficiários dessa pesquisa e o interesse nacional em promover a inovação e o progresso americanos", diz o processo, aberto no Tribunal Federal de Boston.

O embate entre Harvard e o governo começou após a instituição se recusar a acatar as exigências do presidente Donald Trump. Em carta, o republicano pediu a eliminação de programas de diversidade, equidade e inclusão, reformas na contratação e admissão, redução do poder de professores e denúncia de estudantes estrangeiros "hostis aos valores americanos".

“Nenhum governo — independentemente do partido no poder — deve ditar o que as universidades privadas podem ensinar, quem podem admitir e contratar, e quais áreas de estudo e pesquisa podem seguir”, disse Alan Garber, reitor de Harvard, em comunicado.

A reação foi condenada pelo Departamento de Educação, que enfatizou que as exigências de Trump fazem parte dos esforços para combater o antissemitismo nos campus universitários. Em 2024, alunos mobilizaram uma série de protestos contra Israel devido à guerra na Faixa de Gaza.

“A interrupção do aprendizado que tem atormentado os campi nos últimos anos é inaceitável. O assédio de estudantes judeus é intolerável. É hora de as universidades de elite levarem o problema a sério e se comprometerem com mudanças significativas se quiserem continuar recebendo apoio do contribuinte”, disse a pasta, informando o congelamento das verbas.

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No processo, a administração de Harvard negou a motivação para a suspensão dos subsídios. "O governo não identificou - e não pode - identificar qualquer conexão racional entre as preocupações com o antissemitismo e as pesquisas médicas, científicas, tecnológicas e outras que congelou que visam salvar vidas americanas e manter a posição da América como líder global em inovação.”

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