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Grupo apoiado pelos EUA inicia ajuda humanitária em Gaza sob críticas e tumulto

Fundação de Gaza distribui alimentos sob fome generalizada e tiros para controlar multidão; Israel suspende, por ora, bloqueio à chegada de comida na região

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Palestinos olham prédio atingido por Israel | Jehad Alshrafi/AP
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Um grupo humanitário apoiado pelos Estados Unidos iniciou nesta semana a distribuição de alimentos na Faixa de Gaza, mas a operação foi marcada por tumulto, disparos e críticas internacionais.

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A Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês) distribuiu cerca de 8 mil caixas com arroz, farinha, feijão, macarrão, azeite, biscoitos e açúcar em meio ao agravamento da crise alimentar no território.

A ação ocorreu nos arredores da cidade de Rafah, no sul de Gaza, após quase três meses de bloqueio israelense. Com a fome se espalhando, milhares de palestinos se aglomeraram no local.

A multidão derrubou parte das cercas do centro de distribuição, o que levou tropas israelenses a dispararem tiros de advertência. Moradores fugiram em pânico.

Israel designou a GHF para liderar as ações humanitárias, em substituição à coordenação da ONU e de outras organizações que já atuavam no território. No entanto, o novo sistema foi rejeitado por agências internacionais, que afirmam que ele é insuficiente para atender à população e pode permitir que Israel use a comida como ferramenta de controle.

Israel e a fundação alegam, sem apresentar provas, que o Hamas tentou impedir o acesso dos civis aos alimentos. O grupo nega.

O Exército israelense afirmou que os disparos foram feitos do lado de fora do centro e que a situação foi controlada.

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Organizações humanitárias alertam para o risco de novos confrontos, caso a ajuda continue sendo gerida por um grupo sem apoio técnico e com respaldo político direto dos Estados Unidos e de Israel.

*Com informações da Associated Press

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