Após três meses de bloqueio, caminhões com ajuda humanitária entram em Gaza
ONU alerta que 100% da população enfrentará insegurança alimentar grave até setembro; primeiros socorros chegam em meio a pressões internacionais
Júlia Zuin
Caminhões de primeiros socorros ingressaram em território palestino após três meses de bloqueio; durante esse período, alimentos, remédios e outros suprimentos essenciais foram impedidos de entrar pela ação do exército israelense.
Cinco veículos, com comida e ajuda médica, entraram em Gaza com a intenção de auxiliar a crise humanitária enfrentada por mais de 2 milhões de palestinos. A passagem para acessá-los foi por Kerem Shalom, localizado entre o Egito, Israel e a Faixa de Gaza.
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De acordo com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a decisão para a abertura foi devido à pressão que as autoridades estavam sentindo em relação aos seus aliados políticos e econômicos. Netanyahu expõe que estes não apoiariam Israel se “imagens de fome” fossem uma realidade na Palestina.
A Organização das Nações Unidas (ONU), na semana passada, divulgou um levantamento sobre as circunstâncias que se alastraram devido ao conflito. Segundo os dados, do dia 11 de maio até o dia 30 de setembro deste ano, 100% da população sofrerá com insuficiência de comida em níveis preocupantes.
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Embora a organização considere o ato como um "acontecimento bem-vindo", ela entende que não está perto de ser suficiente para suprir as necessidades da população, que vive em condições precárias.
Tom Fletcher, chefe humanitário da ONU, em pronunciamento, disse que os caminhões são uma “gota no oceano do que é urgentemente necessário". Além disso, comunicou que mais quatro destes serviços de ajuda estão liberados para entrar em Gaza - provavelmente estarão à disposição na terça-feira (20) durante a manhã.
