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França "se opõe fortemente" a tentativa de UE de forçar aprovação de acordo com Mercosul, diz Macron

Na terça-feira, parlamentares do bloco aprovaram controles mais rígidos sobre importações de produtos agrícolas que podem ser impactados

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Emmanuel Macron, presidente da França | Reprodução
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A França vai se opor fortemente a qualquer tentativa da União Europeia de forçar a aprovação de um acordo comercial com o Mercosul, disse o presidente francês, Emmanuel Macron, durante uma reunião de gabinete nesta quarta-feira (17), segundo relatou um porta-voz do governo da França a repórteres.

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Na terça-feira, os parlamentares da União Europeia aprovaram controles mais rígidos sobre as importações de produtos agrícolas resultantes de um possível acordo comercial com o Mercosul.

A União Europeia e o bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai chegaram a um acordo em dezembro do ano passado para criar o maior acordo comercial da história da UE, cerca de 25 anos após o início das negociações.

A Comissão Europeia apresentou o acordo para aprovação em setembro e procurou amenizar a oposição acrescentando um mecanismo que permitiria a suspensão do acesso preferencial do Mercosul a alguns produtos agrícolas, como carne bovina, aves e açúcar.

Segundo o acordo, o gatilho para o lançamento de uma investigação deveria ser se os volumes de importação aumentassem em mais de 10% ao ano ou se os preços caíssem nesse montante em um ou mais membros da UE.

No entanto, o Parlamento Europeu votou nesta terça-feira por um nível de acionamento mais baixo, de 5%, em comparação com uma média de três anos de importações, bem como por investigações mais curtas para introduzir salvaguardas mais cedo. Eles também querem que as salvaguardas sejam aplicadas se as importações agrícolas do Mercosul não estiverem em conformidade com os padrões de produção da UE, algo que a França exigiu.

As mudanças significam que os representantes do Parlamento terão que negociar um meio-termo com o grupo de governos da UE, que havia apoiado o valor de 10%. Essas negociações devem começar já na quarta-feira (17).

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