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Parlamento da UE aprova medidas para aumentar controles sobre importações agrícolas do Mercosul

Votação ocorre um dia depois que França se uniu à Itália para pressionar pelo adiamento da votação do acordo

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Parlamento da União Europeia | Reuters

Os parlamentares da União Europeia aprovaram nesta terça-feira (16) controles mais rígidos sobre as importações de produtos agrícolas resultantes de um possível acordo comercial com o Mercosul.

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A votação, que teve 431 votos a favor e 161 contra, ocorre um dia depois que a França se uniu à Itália para pressionar pelo adiamento da votação do acordo. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pretende viajar para o Brasil no sábado (20) para assinatura do acordo comercial.

A União Europeia e o bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai chegaram a um acordo em dezembro do ano passado para criar o maior acordo comercial da história da UE, cerca de 25 anos após o início das negociações.

Presidentes dos países membros do Mercosul e Ursula von der Leyen, da União Europeia, durante cúpula no Uruguai | Reprodução/X
Presidentes dos países membros do Mercosul e Ursula von der Leyen, da União Europeia, durante cúpula no Uruguai | Reprodução/X

A Comissão Europeia apresentou o acordo para aprovação em setembro e procurou amenizar a oposição acrescentando um mecanismo que permitiria a suspensão do acesso preferencial do Mercosul a alguns produtos agrícolas, como carne bovina, aves e açúcar.

Segundo o acordo, o gatilho para o lançamento de uma investigação deveria ser se os volumes de importação aumentassem em mais de 10% ao ano ou se os preços caíssem nesse montante em um ou mais membros da UE.

No entanto, o Parlamento Europeu votou nesta terça-feira por um nível de acionamento mais baixo, de 5%, em comparação com uma média de três anos de importações, bem como por investigações mais curtas para introduzir salvaguardas mais cedo. Eles também querem que as salvaguardas sejam aplicadas se as importações agrícolas do Mercosul não estiverem em conformidade com os padrões de produção da UE, algo que a França exigiu.

As mudanças significam que os representantes do Parlamento terão que negociar um meio-termo com o grupo de governos da UE, que havia apoiado o valor de 10%. Essas negociações devem começar já na quarta-feira (17).

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