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Exército da Ucrânia desmente morte de brasileiro

Investigação foi aberta pra apurar porque a família recebeu alarme falso

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Rússia faz maior ataque aéreo a Kiev desde o início da guerra. | Reprodução/Reuters
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O Exército da Ucrânia desmentiu a morte do brasileiro João Victor Santos Ribeiro, 21 anos, que havia sido informada à família dele, em Salvador, na semana passada.

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"Ele foi ferido, está hospitalizado, mas vai se recuperar totalmente", disse uma fonte ucraniana ao SBT News. A mãe dele, que prefere não se identificar, procurava informações sobre como repatriar o corpo do filho.

Além dela, outros membros da família noticiaram a morte nas redes sociais. Colegas de batalhão de João Victor também tinham a mesma informação.

O caso foi colocado sob sigilo pela Legião Internacional, unidade do Exército da Ucrânia formada por estrangeiros. Uma investigação foi aberta pra apurar as circunstâncias do ataque sofrido por João Victor e como a informação da suposta morte dele foi repassada para a família dele.

João Victor estava acompanhado de outro brasileiro, que morreu no mesmo ataque. Luis Kauan, de 25 anos, estava na Ucrânia havia menos de 1 ano e conversou com a reportagem do SBT no mês passado, na região de Kharkiv.

Ele era conhecido como "Stranger", Estranho em português, nome de guerra com o qual se apresentou. Luis morava em Tramandaí, no Rio Grande do Sul, onde trabalhava como enfermeiro. Nunca tinha tido uma experiência militar real, a não ser em estandes de tiros.

Quando chegam à Ucrânia, eles são obrigados a passar por um período de treinamentos. Foi depois de um deles que ele conversou com a reportagem do SBT News.

“Treinando sempre, buscando mais prática. E fé em Deus sempre”, disse ele.

“Não dá medo?”, perguntou o repórter.

“Não. Confio nos meus colegas. Se precisar, eu dou a vida por eles, assim como eles dariam por mim.”

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A viúva de Luis, Bianca Silva, de 22 anos, também se mudou para a Ucrânia há seis meses e agora aguarda o resgate do corpo do marido, que está em uma área de difícil acesso. “Quando ele decidiu vir pra guerra, foi pra ajudar a salvar vidas. A gente largou tudo no Brasil pra poder vir”, contou Bianca.

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