Eleição dos EUA: o que são os estados-pêndulo e como podem definir o vencedor
Pesquisas eleitorais indicam uma disputa acirrada entre Kamala Harris e Donald Trump nos estados que historicamente oscilam entre democratas e republicanos
A eleição presidencial nos Estados Unidos acontece nesta terça-feira (05). Contudo, diferente do Brasil, o país pode levar dias para anunciar o vencedor. Estima-se que 77 milhões de norte-americanos já votaram antecipadamente, mas a contagem só será iniciada após o fechamento das urnas, que varia entre 19h e 21h (horário local).
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Nos Estados Unidos o presidente não é eleito diretamente pelo voto popular, mas por um colégio eleitoral. Esse órgão é formado por 538 delegados distribuídos entre os estados e, para vencer, um candidato precisa garantir pelo menos 270 delegados.
Cada estado tem um número específico de delegados, proporcional à sua população, e o vencedor em cada estado geralmente leva todos os votos do colégio, no que é conhecido the winner takes all ou, o vencedor leva tudo. Os delegados só podem ser divididos em dois estados: Maine e Nebraska.
A maioria dos estados tende a votar consistentemente no mesmo partido – a Califórnia historicamente vota em democratas e o Texas, em republicanos, por exemplo. No entanto, os estados-pêndulo ou estados-chave, que não têm uma preferência política fixa, oscilam entre os dois partidos, tornando-se decisivos em cada eleição.
Este ano, os olhos do mundo e dos candidatos Kamala Harris e Donald Trump estão voltados para sete estados-chave: Carolina do Norte, Nevada, Michigan, Geórgia, Arizona, Wisconsin, Pensilvânia. Juntos, eles possuem 93 delegados, quase um terço do total necessário para chegar à Casa Branca.
A entrada de Kamala Harris na disputa, após a desistência de Joe Biden, provocou mudanças no cenário dos estados-chave. Em alguns, Trump liderava, mas pesquisas recentes mostram Harris ultrapassando o ex-presidente, ou reduzindo a diferença entre eles.