Por que o presidente dos EUA é sempre um democrata ou um republicano?
Sistema eleitoral do país favorece o dualismo partidário; entenda
Desde o século 19, todos os presidentes dos Estados Unidos pertencem a apenas dois partidos: o Democrata ou o Republicano. Mas o sistema político do país não é oficialmente bipartidário. O que explica, então, essa alternância histórica entre dois partidos?
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Uma das razões está na chamada "lei de duverger", que aponta que sistemas eleitorais com votação por maioria simples, em um único turno, tendem ao dualismo partidário. Nos Estados Unidos, para vencer uma eleição, basta ter o maior número de votos em um estado. Não há segundo turno. Esse sistema, combinado com a eleição indireta por meio dos delegados, favorece a competição entre dois grandes partidos.
Além disso, cada estado define suas próprias regras para os candidatos se inscreverem nas cédulas de votação. O processo é caro e complexo, o que dificulta a entrada de partidos menores. Outro fator decisivo é o financiamento de campanhas: grandes doadores preferem apoiar candidatos com chances reais de vitória.
Ainda assim, partidos menores como o Libertário e o Verde, além de candidatos independentes, participam das eleições. É o caso de Cornel West, ativista de longa data que se apresenta como uma alternativa progressista, e Jill Stein, candidata do partido Verde
Em 2020, o partido Libertário lançou Jo Jorgensen como candidata na eleição presidencial. Ela teve um pouco mais de 1,1% dos votos. Segunda melhor marca na história do partido, atrás apenas de Gary Johnson.
Ex-republicano, ele concorreu à Casa Branca em 2016 pelo partido e conseguiu 4,1 milhões de votos, cerca de 3,3% do eleitorado.