Israel identifica corpo de penúltimo refém entregue pelo Hamas
Corpo do último refém continua em Gaza; fase inicial do cessar-fogo se aproxima do fim
Reuters
Israel identificou os restos mortais do penúltimo refém que recebeu do Hamas nessa quarta-feira (3) como sendo do trabalhador agrícola tailandês Sudthisak Rinthalak, informou o gabinete do primeiro-ministro nesta quinta (4). O corpo do policial israelense Ran Gvili, o último refém a ser devolvido, continua em Gaza.
A entrega dos últimos reféns faz parte da fase inicial do plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para encerrar a guerra. O Hamas concordou em entregar todos os reféns vivos e mortos mantidos em Gaza sob o cessar-fogo firmado em 10 de outubro.
Ran Gvili, de 24 anos, estava de licença médica aguardando um procedimento quando, em 7 de outubro de 2023, um ataque liderado pelo Hamas contra comunidades israelenses na fronteira desencadeou uma guerra de dois anos entre Israel e o grupo palestino em Gaza. Ele correu para a fronteira sul, onde foi morto em combate e teve seu corpo levado para Kibutz Alumim, segundo o exército israelense. Sudthisak Rinthalak, de 42 anos, foi morto no Kibutz Be'eri no dia do ataque.
Desde o início da trégua, o grupo militante palestino devolveu todos os 20 reféns vivos e outros 27 corpos em troca de cerca de 2 mil detidos e prisioneiros condenados palestinos.
Na noite dessa quarta, palestinos se reuniram para apagar um incêndio que tomou conta de tendas após um ataque com míssil de Israel em um acampamento no oeste de Khan Younis, em Gaza. Médicos do Hospital Al-Kuwaiti disseram que recuperaram os corpos de cinco palestinos, incluindo duas crianças.
O exército israelense afirmou que seu ataque em Khan Younis tinha como alvo um "terrorista do Hamas", sem fornecer mais detalhes, e que a ofensiva ocorreu em resposta a um ataque contra suas tropas em Rafah, mais cedo no mesmo dia, que feriu cinco soldados.
Segundo o Hamas, o ataque israelense foi um "desrespeito ao acordo de cessar-fogo", acrescentando que Israel tinha "total responsabilidade" pelas consequências da escalada.
A violência diminuiu desde o cessar-fogo de outubro, mas Israel continuou a atacar Gaza e a realizar demolições contra o que afirma ser infraestrutura do Hamas. Israel e o grupo palestino trocam acusações de violar o acordo apoiado pelos EUA.
