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Comitê especial da ONU compara operação israelense em Gaza a genocídio

Entidade chamou atenção para as vítimas civis em massa e as condições de risco de vida intencionalmente impostas aos palestinos

Comitê especial da ONU compara operação israelense em Gaza a genocídio
Guerra em Gaza começou em outubro de 2023 | Reprodução/Twitter
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O Comitê Especial da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou, na quinta-feira (14), que a operação militar de Israel na Faixa de Gaza é consistente com as características do genocídio. Isso porque, segundo a entidade, a ofensiva está provocando vítimas civis em massa e condições de risco de vida intencionalmente impostas aos palestinos.

+ 70% dos mortos na Faixa de Gaza são mulheres e crianças, diz ONU

A afirmação foi feita junto à divulgação do relatório anual que monitora as ações israelenses no território palestino. Cobrindo o período de outubro de 2023 a julho de 2024, quando Israel iniciou a ofensiva contra o Hamas, o Comitê disse ter observado um “impacto catastrófico” da guerra sobre os direitos humanos dos cidadãos.

"Desde o início da guerra, as autoridades israelenses têm apoiado publicamente políticas que privam os palestinos das necessidades necessárias para sustentar a vida - comida, água e combustível. Essas declarações, juntamente com a interferência sistemática e ilegal da ajuda humanitária, deixam clara a intenção de Israel de instrumentalizar suprimentos que salvam vidas para ganhos políticos e militares”, disse o Comitê.

Além dos impactos humanitários, o relatório apontou para uma catástrofe ambiental em Gaza. No início de 2024, mais de 25 mil toneladas de explosivos – o equivalente a duas bombas nucleares – foram lançadas em Gaza, causando destruição massiva e colapso dos sistemas de água e saneamento, devastação agrícola e poluição tóxica.

"Ao destruir sistemas vitais de água, saneamento e alimentos e contaminar o meio ambiente, Israel criou uma mistura letal de crises que infligirão graves danos às gerações vindouras", frisou o Comitê.

As equipes ainda chamaram a atenção para a escalada da censura da mídia de Israel como esforços deliberados para bloquear o acesso à informação. Também observou como as empresas de mídia social removeram desproporcionalmente "conteúdo pró-palestino" em comparação com postagens que incitam a violência contra os palestinos.

+ 66% dos edifícios na Faixa de Gaza estão danificados, afirma ONU

Em meio ao cenário, o Comitê voltou a pedir que os Estados-membros cumpram as obrigações legais de prevenir e impedir as violações do direito internacional por Israel e responsabilizá-lo. “Defender o direito internacional recai sobre os Estados-membros. Não fazer isso enfraquece o cerne do sistema jurídico internacional e estabelece um precedente perigoso, permitindo que as atrocidades não sejam controladas”, disse.

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