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Biden critica abordagem de Israel e diz que Netanyahu está "cometendo um erro" em Gaza

Presidente dos EUA voltou a pressionar o país por um cessar-fogo humanitário; número de mortos passa de 33 mil

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Joe Biden próximo a bandeiras dos Estados Unidos (Divulgação/POTUS)
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, mudou o tom em relação à ofensiva israelense na Faixa de Gaza, que visa derrotar o Hamas. Em entrevista na terça-feira (9), o democrata criticou a abordagem de Israel na região, onde mais de 33 mil pessoas já foram mortas, e disse que o premiê Benjamin Netanyahu está cometendo um erro.

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"Acho que o que ele está fazendo é um erro. Não concordo com sua abordagem", disse Biden à Univision, ao ser questionado sobre a forma como Netanyahu lidou com a guerra.

O presidente citou o ataque israelense que matou sete trabalhadores humanitários da organização World Central Kitchen, na última segunda-feira (1º). Na data, a equipe estava levando ajuda ao norte da Faixa de Gaza, onde quase todos os moradores sofrem de insegurança alimentar aguda grave, quando foi atingida por um bombardeio aéreo.

Na entrevista, Biden também voltou a pressionar Israel para permitir a entrada de um número maior de ajuda humanitária na região, uma vez que, além dos ataques, muitos moradores estão morrendo por desnutrição e doenças. Para conter a crise, ele pediu que Israel aceite um cessar-fogo por até oito semanas para a entrega de itens básicos.

“Não há desculpa para não suprir as necessidades médicas e alimentares dessas pessoas. Isso deve ser feito agora”, disse Biden. “O que estou pedindo é que os israelenses apenas peçam um cessar-fogo, permitam pelas próximas seis, oito semanas, acesso total a todos os alimentos e medicamentos que entram no país”, acrescentou.

Os comentários de Biden foram os mais críticos em relação à ofensiva israelense em Gaza. Até então, o líder norte-americano, e principal apoiador de Israel, vinha defendendo a guerra contra o Hamas, mas sem expressar grande preocupação com o alto número de mortes. A mudança de tom vem após a morte dos sete trabalhadores humanitários e da ameaça de Israel de invadir Rafah – último abrigo de 1,5 milhão de civis.

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