TSE julga proibição de transportes de armas nas 24h antes e depois da eleição
Restrição de armamentos e munições deve ser mantida pelo tribunal nesta terça-feira (27.fev). Confira os estados mais armados
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inicia na noite desta terça-feira (27) julgamentos sobre as regras eleitores para a campanha municipal deste ano. Uma das principais é a restrição de transportes de armas e munições por caçadores, atiradores e colecionadores (CACs). Os temas, entretanto, vão desde o uso de inteligência artificial, recursos do fundo eleitoral e fiscalização.
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O texto que será julgado sobre os CACs estabelece a manutenção das restrições de transporte de munições e armas nas 24h antes e depois das eleições. A pena para quem infrigir prevê prisão por porte ilegal e sanções por crimes eleitorais. Além disso, agentes de segurança precisam permanecer a uma distância de 100m do local de votação.
A proibição ganha relevância diante da quantidade de CACs no país. No ano passado, 486.350 pessoas se recadastraram como caçadores, atiradores e colecionadores (ver quadro).
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Sete dos 10 estados com mais armas adquiridas de 2019/2022 pelos CACs foram locais onde Bolsonaro recebeu mais votos proporcionalmente no segundo turno. A relação “mais armas versus mais votos” apareceram em sete de 10 estados que deram mais apoio ao então presidente, que era candidato à releição: Rondônia (76,08% dos votos válidos), Santa Catarina (69,27% dos votos válidos), Mato Grosso (65,08% dos votos válidos), Paraná (62,40%), Mato Grosso do Sul (59,49%), Distrito Federal (58,81%) e Goiás (58,71%).
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Ainda, a partir do levantamento via LAI, 82,1% das armas adquiridas eram nacionais: Taurus/CBC (70,3% do total de armas adquiridas), Boito (5,1%), Rossi (4,4%) e Imbel (2,1%). O modelo de arma mais comprado foi a pistola 9mm, foram 231.404 (24%) das armas (24%), com preços que vão de R$ 4,5 mil a R$ 15 mil, a depender da marca. A efeito de comparação, o clássico revólver .38 vendeu 107.300 (11%) unidades no período. Em relação à profissão, administradores são os que têm mais armas (13,6%), seguidos de comerciantes varejista (7,5%) e produtores agropecuário (6,7%).