TSE informa que “não irá acompanhar as eleições na Venezuela”
É uma prática comum tribunais eleitorais receberem convites para acompanharem eleições em outros países
Carlos Catelan
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou nesta quinta-feira (30) que apesar do convite, a Corte Eleitoral brasileira “não irá acompanhar as eleições na Venezuela”.
É uma prática comum tribunais eleitorais receberem convites para acompanharem eleições em outros países. A prática visa à transparência dos pleitos.
Por exemplo, em outubro de 2023 a próxima presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, participou de um programa a convite da Direção Nacional Eleitoral (DINE) da Argentina. Ela observou o trabalho da justiça eleitoral do país vizinho durante a eleição que colocou Javier Milei no posto de presidente argentino.
Eleições na Venezuela
O pleito do país latino é previsto para 28 de julho, três meses antes das eleições regionais do Brasil (em 2024, para prefeitos).
Nicolás Maduro, atual líder do país, irá disputar contra o seu principal opositor: Edmundo González Urrutia, designado pela Plataforma Unitária, para representar, a líder impedida judicialmente, María Corina Machado.
Há muita discussão sobre os compromissos das eleições na Venezuela e da transparência na contagem de votos. Maduro, se eleito em 2024, terá feito um governo de 18 anos ao fim do próximo mandato.
Em maio, a Venezuela retirou o convite aos observadores da União Europeia (UE), o mesmo dado ao TSE, depois que o bloco ratificou sanções contra funcionários do governo de Nicolás Maduro.