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Maduro barra participação de observadores da União Europeia em eleições presidenciais

Conselho Nacional Eleitoral criticou sanções impostas a Venezuela; bloco europeu pediu que governo reconsidere

Imagem da noticia Maduro barra participação de observadores da União Europeia em eleições presidenciais
Eleições presidenciais na Venezuela acontecem dia 28 de julho | Reprodução/Twitter maduro_en
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A Venezuela revogou, na terça-feira (28), o convite da União Europeia para enviar observadores internacionais para as eleições presidenciais, marcadas para o dia 28 de julho. A decisão foi anunciada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado por Nicolás Maduro, que criticou as sanções impostas pelo bloco ao país.

“Eles não são pessoas que merecem vir a este país enquanto mantêm sanções colonialistas, coercitivas e genocidas”, disse Elvis Amoroso, chefe do CNE.

O escritório da União Europeia em Caracas lamentou profundamente o parecer e solicitou ao Conselho Eleitoral que reavalie a decisão. Em nota, o bloco europeu afirmou que a presença dos observadores é importante para garantir um pleito transparente e que o convite foi firmado por meio do acordo de Barbados (veja sobre abaixo).

"O povo venezuelano deveria poder eleger seu presidente em eleições legítimas, transparentes e competitivas, respaldadas pela observação internacional, incluindo a União Europeia, que tem um longo e distinto histórico de observação independente e imparcial. Apelamos ao Conselho Eleitoral para que reconsidere a decisão”, disse o bloco.

Apesar de rejeitar a presença da União Europeia, o órgão manteve o convite para observadores de outras entidades. Entre eles estão a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), Comunidade do Caribe (Caricom), Brics (grupo de países em desenvolvimento) e Organização das Nações Unidas (ONU).

Acordo de Barbados

A inclusão de observadores internacionais nas eleições da Venezuela foi um compromisso estabelecido no Acordo de Barbados, assinado pelo governo e pela oposição em outubro de 2023. A iniciativa visa assegurar a transparência e legitimidade do pleito presidencial, que terá Maduro concorrendo ao terceiro mandato.

+ Maduro derruba opositores e aparece 13 vezes em cédula de votação na Venezuela

No início do ano, no entanto, o Brasil chegou a manifestar preocupação com as eleições venezuelanas, afirmando que o país teria descumprido as garantias eleitorais do acordo. Isso porque o prazo para a inscrição das candidaturas para o pleito terminou sem que o bloco opositor majoritário, Plataforma Unitária, pudesse fazer o registro.

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