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Bolsonaro critica governadores por ICMS e silencia sobre Guimarães

Em live, presidente da República ignora queda de aliado do comando da Caixa Econômica Federal

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ICMS entrou na pauta da live do presidente Bolsonaro
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O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), voltou a criticar publicamente os governadores que se opuseram à determinação de baixar o percentual do ICMS cobrado sobre combustíveis. Em live na noite desta 5ª feira (30.jun), ele direcionou suas reclamações às lideranças políticas do Nordeste.

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De acordo com Bolsonaro, "os governadores do Nordeste estão unidos contra o trabalhador". Nesse ponto, destacou que os nove mandatários da região acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de impedir a redução da tarifa a ser cobrada em produtos como gasolina e óleo diesel.

"Esse pessoal que diz que está ajudando o povo: mentira", reclamou o presidente. Ainda em tom crítico ao comando político do Nordeste, ele chamou a atenção para o fato de partidos da esquerda estarem à frente do Executivo local. Citou o PT e o PSB. O primeiro comanda quatro estados nordestinos: Bahia, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. Socialistas administram Maranhão, Paraíba e Pernambuco.

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A critica de Bolsonaro refere-se ao fato de 12 governadores terem acionado, nesta semana, o STF contra a lei que limita a cobrança de ICMS. Além de combustíveis, a restrição abrange os setores de energia, transporte público coletivo e telecomunicações.

Fora os nove governadores do Nordeste, a ação levada ao STF é chancelada pelos mandatários de outras três unidades federativas: Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Bolsonaro, porém, não mencionou esses três governadores.

Queda do presidente da Caixa

O que também não foi citado por Bolsonaro na live foi a queda de Pedro Guimarães do cargo de diretor-presidente da Caixa Econômica Federal, que pediu demissão na tarde de 4ª feira (29.jun). Deixou o comando do banco público em meio a denúncias de assédio sexual -- que ele nega.

Bolsonaro não mencionou a queda de Guimarães. Não falou sobre o aliado, que havia participado de lives ao lado dele e não comentou as denúncias. O "silêncio" contrasta com a postura adotada na última semana. Em transmissão online, o presidente da República prestou apoio ao ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, que havia sido preso em operação da Polícia Federal.

Gasolina mais barata no RJ?

Além de criticar os governadores do Nordeste, Jair Bolsonaro aproveitou para elogiar a postura de um aliado em relação ao percentual do ICMS cobrado sobre combustíveis. O presidente comemorou, por exemplo, o fato de Cláudio Castro, seu colega de PL e governador do Rio de Janeiro, ter lhe prometido, em conversa telefônica, diminuir o ICMS a partir desta 6ª feira (1º.jul).

"Em média, vai cair o preço da gasolina em R$ 1,30 [no RJ]."

"Ele [Castro] disse que, em média, vai cair o preço da gasolina em R$ 1,30", afirmou Bolsonaro. No Rio de Janeiro, a cobrança do ICMS era de 34% sobre combustíveis. Passará para 17%, percentual que terá de ser posto em prática em todos os estados brasileiros, observou o presidente da República.

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Comemoração e críticas ao PT

Na live, Bolsonaro aproveitou para comemorar o fato de, segundo dados que apresentou, ter aumentado o número de lojas de armas de fogo e de clubes de tiro espalhados pelo país desde o início de sua gestão à frente do Palácio do Planalto. De acordo com ele, em termos percentuais, o crescimento foi de 70% e 90%, respectivamente.

 "O PT nem voltou ao poder e já está fazendo maracutaias."

Lula e o Partido dos Trabalhadores também foram alvos diretos do presidente da República. O ex-presidente foi definido como "nove dedos". A legenda, que inclusive deve lançar Lula como candidato para a disputa eleitoral de outubro, foi criticada por ter recebido R$ 750 mil em doações feitas pelos empresários que controlam o plano de saúde Hapvida. "O PT nem voltou ao poder e já está fazendo maracutaias", acusou Bolsonaro.

Íntegra da live

Assista, abaixo, à íntegra da transmissão online feita nesta 5ª feira (30.jun) pelo presidente da República, Jair Bolsonaro:

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