Vítima de feminicídio na região da 25 de Março era dona de 4 lojas em São Paulo
Jane DomDoca, como era conhecida, ostentava viagens e carros de luxo nas redes sociais
Gianeriny Santos Nascimento, assassinada pelo ex-marido na região da Rua 25 de Março, em São Paulo, era dona de uma esmalteria com quatro unidades em São Paulo.
Nas redes sociais, a empresária, mais conhecida como Jane DomDoca, costumava publicar fotos de viagens para o exterior, em carros de luxo e com roupas de grife.
Em nota, a Dom Doca Esmalteria lamentou a morte de Jane, e deixou uma mensagem para outras mulheres que são vítimas de violência.
"Infelizmente ela se tornou mais uma vítima da violência que assombra tantas mulheres em nosso país. Sua partida deixa uma lacuna imensa em nossos corações e reforça a urgência de lutarmos por um mundo onde nenhuma mulher tenha sua vida interrompida de forma tão cruel", diz o comunicado.
"Mulher, jamais se cale diante de uma violência, seja ela física ou psicológica. Denuncie, ligue 180", completa a loja.
O crime
Jane, de 42 anos, foi morta a tiros pelo ex-companheiro na tarde de sábado (23), na Ladeira Porto Geral, onde fica uma de suas esmalterias. O assassino foi detido e está sob custódia.
De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), a vítima recebeu atendimento inicial no local e foi levada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) à Santa Casa de Misericórdia, mas morreu no caminho.
Um helicóptero Águia da Polícia Militar chegou a ser acionado e pousou nas proximidades para uma possível transferência aérea, mas, devido à gravidade e instabilidade do estado de saúde da vítima, a equipe médica optou por continuar o transporte terrestre com suporte avançado.
Ainda segundo a SSP, o homem também precisou ser socorrido ao Pronto Socorro após ter sido agredido por algumas pessoas. Além disso, dois aparelhos celulares foram apreendidos e o carro do suspeito foi localizado, apreendido e entregue ao seu advogado. Uma perícia será realizada no veículo.
A arma utilizada no crime foi apreendida, e o caso foi registrado como feminicídio na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).