Unicef pede compromisso com direitos de crianças e adolescentes nas eleições municipais
Braço da ONU destaca cinco áreas prioritárias, entre elas proteção contra violências e resiliência climática
O Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef) divulgou uma carta aberta pedindo que os candidatos nas eleições municipais deste ano assumam um compromisso claro com os direitos de crianças e adolescentes. +Brasil e Colômbia afirmam que "credibilidade" das eleições na Venezuela dependem da divulgação das atas
A organização solicita que os políticos incluam em seus planos de governo e compromissos públicos cinco prioridades para essa parcela da população: proteção contra violências, resiliência climática, saúde e nutrição, educação e proteção social.
A carta do Unicef é embasada em dados alarmantes do "Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil", do Fórum de Segurança Pública, e do relatório "Crianças, adolescentes e mudanças climáticas no Brasil" (2022), produzido pela ONU. Segundo o Unicef, entre 2021 e 2023, mais de 15 mil crianças e adolescentes de 0 a 19 anos morreram de forma violenta no Brasil.
Além disso, a organização aponta que 40 milhões de crianças e adolescentes no país estão expostos a múltiplos riscos climáticos, como ondas de calor, secas severas e inundações, que ameaçam sua saúde, desenvolvimento e até mesmo suas vidas. No campo da educação, o Unicef revela que 44% das crianças brasileiras não estavam alfabetizadas na faixa etária esperada em 2023.
Em relação à saúde, o relatório destaca que mais de 100 mil crianças no Brasil não haviam recebido nenhuma dose da vacina contra difteria, tétano e coqueluche (DTP) em 2023. Outro dado preocupante é que 60,3% das crianças e adolescentes brasileiros vivem privados de um ou mais direitos fundamentais, como acesso a água, renda digna ou educação.
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