Economia

Black Friday: Golpes dobram na madrugada; saiba como se proteger

Evento de promoções ocorrerá no próximo 28 de novembro; levantamento do Serasa mostra que 32,4 mil tentativas de golpe foram interceptadas em 2024

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Madrugada é horário preferido dos golpistas, diz Serasa. | Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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Muitos brasileiros estão na expectativa para a Black Friday, que neste ano cairá em 28 de novembro. Mas é importante ficar em alerta. No ano passado, os golpistas agiram com método e precisão: as tentativas de fraude dobraram entre 0h e 2h da manhã, período de menor fluxo de compras.

De acordo com levantamento da Serasa Experian, foram 32,4 mil tentativas de golpe evitadas, que poderiam gerar R$ 51,8 milhões em perdas para empresas e consumidores. Embora as mulheres tenham feito mais compras no período, os homens foram mais visados pelos criminosos digitais.

A pesquisa identificou que os Millennials (Geração Y), público entre 28 e 43 anos, foram os maiores compradores e também as principais vítimas: 29,8% das fraudes ocorreram entre eles, num total de mais de 2 milhões de transações registradas.

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Pico de golpes na madrugada

Segundo o levantamento, o dia 29 de novembro do ano passado concentrou o maior número de ataques, e o volume de compras atingiu seu pico entre 13h e 14h, ultrapassando 300 mil pedidos por hora.

Mas foi na madrugada, entre 0h e 2h, que os golpistas intensificaram a ação. O volume de transações caiu, a taxa de ataque dobrou, chegando a 2% às 3h da manhã, o dobro da média diária.

O Sudeste foi responsável pela maior parte do e-commerce nacional, com 3,1 milhões de compras, das quais 0,6% foi bloqueada antes de gerar prejuízo, o que representa R$ 30,4 milhões em perdas evitadas. Já o Norte apresentou a maior taxa proporcional de tentativas de fraude (1,04%), mesmo com um volume bem menor de transações (130 mil).

O PIX foi o meio de pagamento em 570 mil pedidos, movimentando R$ 184 milhões. Apesar da praticidade, o método ainda não passa pelos mesmos filtros antifraude aplicados aos cartões de crédito, criando novas brechas de segurança.

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Como não cair na “Black Fraude”?

Com os golpes se sofisticando, especialistas reforçam que a pressa é a maior aliada dos criminosos. Veja dicas práticas para se proteger na Black Friday 2025:

  • Desconfie de descontos extremos: promoções acima de 70% em produtos novos geralmente são falsas. Lojas legítimas operam com margens de lucro, e descontos reais acima de 50% ou 60% são raros.
  • Cheque o endereço do site: golpistas copiam domínios famosos com pequenas alterações. Lojas fraudulentas costumam apresentar falhas visíveis, como logotipos distorcidos, erros de português, imagens de baixa resolução e até botões que não funcionam.
  • SMS fraudulento: golpistas enviam links maliciosos via e-mail, WhatsApp, SMS e redes sociais para levar o consumidor a sites falsos. SMS falando em prêmios ou promoções exageradas não devem ser levados a sério.
  • Gatilhos psicológicos: costuma aparecer em forma de cronômetros regressivos falsos ou mensagens sobre estoque acabando. Essa pressão para “comprar antes que acabe” é uma tática para o consumidor não ter tempo de comparar o preço.
  • Evite compras via Wi-Fi público: redes abertas facilitam o roubo de dados.
  • Desconfie de pagamentos unicamente por um meio: a exigência do pagamento via Pix ou boleto, sem explicação clara, pode indicar golpe. Prefira lojas que ofereçam múltiplas formas de pagamento.
  • Use cartão virtual ou 2FA: esse serviço é oferecido pela maioria dos bancos que gera um número de cartão temporário, que pode ser excluído após o uso ou expirar em 24 horas. Usá-lo adiciona camadas extras de segurança nas transações.
  • Pesquise a loja: confira o CNPJ e busque avaliações no Reclame Aqui e Procon.

+ Polícias do DF e de SP realizam operação contra quadrilha do golpe do falso advogado; prejuízo é milionário

E se você cair em um golpe?

Caso identifique uma fraude, reúna provas (prints, e-mails e comprovantes), comunique o banco, registre boletim de ocorrência online e denuncie o site ao Procon.

Ferramentas de monitoramento também podem alertar sobre o uso indevido de dados na internet e na Dark Web, ajudando a agir rapidamente.

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