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De "Monstros" a "Maníaco do Parque": True Crime, o fenômeno que não para de crescer

Sucesso de Irmãos Menendez e o lançamento de "Maníaco do Parque" são destaque no Hollywood News desta semana

De "Monstros" a "Maníaco do Parque": True Crime, o fenômeno que não para de crescer
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Dois lados do mundo, duas histórias que nos fazem refletir sobre a natureza humana. De “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais” a “Maníaco do Parque”. O que une essas duas narrativas?

Histórias reais, chocantes e intrigantes. O interesse por produções que recontam crimes reais é um fenômeno cada vez mais presente na nossa cultura. Com a popularização das plataformas de streaming, o gênero, chamado em inglês de "true crime", se tornou um dos mais consumidos.

Uma mansão, em Beverly Hills, foi palco de um crime que chocou os Estados Unidos, em 1989. Dois irmãos tiraram a vida dos próprios pais. Um caso que 35 anos depois ganha novamente atenção devido a um novo documentário e da série “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais” (Netflix) e, inclusive, pode haver reviravolta no caso.

Tanto a série — que fez adaptações que alteraram fatos da cronologia do crime — quanto o documentário, “O Caso dos Irmãos Menendez”, trouxeram novamente holofotes ao crime, que chega a uma nova geração de espectadores.

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Outras produções já haviam sido feitas sobre os assassinados a sangue frio cometidos pelos irmãos Lyle e Erik Menendez. Mas, no novo documentário, os irmãos falam pela primeira vez em 30 anos, junto com diversos outros depoimentos que abriram novas perspectivas sobre o crime. Lyle e Erik Menendez foram condenados à prisão perpétua por matar seus pais.

O caso transcendeu as fronteiras dos Estados Unidos, se tornou um dos mais comentados da história do true crime e, agora, novas evidências podem levar a uma possível reparação histórica.

Além da comoção popular e do engajamento de celebridades, mais de uma dúzia de familiares de Erik e Lyle Menendez fizeram um apelo emocional para que eles sejam soltos, pois alegam que os irmãos foram abusados ​​sexualmente pelo pai e depois difamados por uma sociedade que não estava pronta para ouvir que meninos podiam ser estuprados.

Uma carta, escrita por Erik antes do crime contando sobre os possíveis abusos, fez com que os promotores reabrissem o processo e um novo julgamento pode ser agendado.

Maníaco do Parque

Enquanto aguardamos as cenas dos próximos capítulos deste caso americano, no Brasil, outro crime brutal volta aos holofotes.

O maníaco do parque, um dos assassinos em série mais temidos do país, tem sua história recontada em duas produções: um novo filme, que acaba de estrear (Prime Vídeo), e um documentário que entra na plataforma em 1⁰ de novembro (“Maníaco do Parque: A História Não Contada”).

O SBT News conversou com os atores Silvero Pereira que interpreta Francisco, o maníaco do parque, e Giovanna Grigio que faz o papel de uma jornalista que cobria os crimes brutais contra mulheres. O filme dirigido por Maurício Eça foi baseado em fatos, mas também teve adaptações.

“A preparação veio muito com o suporte da produção porque além do material que a gente já consegue ter acesso pelas redes, a produção teve acesso a muito mais material por conta de além de estar fazendo filme, estava produzindo também o documentário. Tive acesso a gravações e filmagens, coisas que não estão públicas e isso me ajudou muito”, conta Silvero.

“Eu tenho várias amigas que são jornalistas, então troquei ideia com elas, mas acho que para mim a grande base de inspiração veio mesmo do roteiro. Fui identificando tudo que movia a personagem, as questões dela, fiquei alimentando em mim essa curiosidade, o hábito de perguntar, questionar e também busquei dentro de mim e fora nas minhas vivências identificar e experienciar as angústias dela”, revela Giovanna.

Os dois atores revelaram que são fãs do gênero de true crime e nos contaram os motivos principais.

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“Eu sou fã de true crime porque me interessa conhecer muito mais profundamente como o fato aconteceu, então nessa experiência de assistir você acaba tendo acesso a informações. O outro motivo é que por ser artista me interessa muito essa coisa da construção de um personagem que está no imaginário coletivo e aí eu me interesso mais ainda quando os atores se aproximam desses personagens”, conta Silvero.

“Eu sou uma grande curiosa do comportamento humano, assim essas histórias acabam que me interessam porque eu fico muito me questionando o que leva as pessoas a tomarem atitudes tão drásticas em todas essas histórias. E também eu acho que grande parte do público que acompanha é formado por mulheres. Acho que também tem muito a ver com o fato da gente sentir que está em risco. Então ouvir outras histórias faz a gente se sentir mais preparada, mais atenta”, diz a atriz.

Sivero nos disse o que gostaria que as pessoas levassem da experiência de assistir ao filme “Maníaco do Parque”: “eu acho que a gente espera minimamente que os espectadores compreendam muito mais o lado da vítima, porque a gente sabe que nessa história algumas vezes as mulheres foram questionadas: 'por que foi com esse homem para o mato?' As pessoas não entendem exatamente o que aconteceu, então acho que o filme tem uma preocupação muito de reparar essa história e principalmente do ponto de vista da vítima e não do ponto de vista do Francisco. Queremos fazer com que essas mulheres sejam mais respeitadas”, contou o ator.

Assista à entrevista completa no vídeo:

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