"A Casa Mórbida": Cuidado, esse filme pode causar náuseas
Novo filme com Ariana DeBose estreia nesta semana e vai do delírio culinário ao terror na cozinha
Sabe aqueles filmes sobre culinária que a gente fica babando na tela? Bom, esse até começa assim, mas muda rapidamente. "A Casa Mórbida", que pelo título já dá pra saber o gênero, estreia nesta semana (dia 3/10, no Prime Video). A protagonista é a vencedora do Oscar Ariana DeBose ("Amor, Sublime Amor"), e o SBT News conversou com ela e com as duas diretoras dessa nova produção de horror, Bridget Savage Cole e Danielle Krudy.
Dica: não assista antes de uma refeição.
Essa é uma jornada culinária nada convencional. O sonho da personagem de Ariana DeBose (Chef) era ter o próprio negócio. Ela é uma chef de cozinha ambiciosa e larga o emprego estável e uma grande proposta em um restaurante premiado para ir em busca dele.
Junto com um sócio (Arian Moayed), encontra um casarão antigo, perfeito. Uma linda fazenda onde os alimentos plantados na propriedade iriam direto para a mesa, mas nada foi como o esperado.
A cozinha se transforma em uma mistura inusitada de suspense e palco de horror assombrado. Para começar a entrevista, perguntamos para Ariana se ela acredita em bruxas.
"Eu acredito. Acho que sim. Eu sou um pouco bruxa também. Eu acho que uma bruxa é uma mulher que conhece sua mente e seu poder, certo? Então eu acredito nelas"
O que te atraiu para esse filme, para essa personagem?
"Tantas coisas. Quando li esse roteiro pela primeira vez, adorei que essa personagem é definida pelo seu trabalho. O nome dela é Chef. Então isso me disse muito. Ela é mergulhada em seu trabalho e em seu amor por estar na cozinha. Mas eu também realmente amei que o roteiro abordou algumas coisas mais profundas. É um thriller de terror que mistura gêneros, mas também há conversas a serem feitas sobre política de gênero e toxicidade no local de trabalho, como isso se traduz e afeta as mulheres e pode afetar seus estilos de liderança. Então eu fiquei realmente fascinada que eu pensei nisso: a comida é um personagem, há uma exploração do oculto e também faz a pergunta o que faz um grande líder e como isso permite que você traga sua própria arte".
Ariana DeBose nos contou que para mergulhar nessa personagem fez cursos de culinária nos Estados Unidos e até em Budapeste onde o filme foi rodado.
"Eu fiz! Oh meu Deus! Antes de tudo, fui criada no Sul do estado da Carolina do Norte, mas minhas habilidades culinárias eram meio limitadas, só sabia fazer ensopados e pratos típicos sulistas. Eu era fã de cozinhar no armário, que é mais ou menos como abrir seu armário, ver o que você tem e fazer alguma coisa. Mas eu fiz algumas aulas com a Chef Ayesha of Shukette, em Chelsea, em Nova York. Foi emocionante e totalmente assustador porque aquela cozinha é uma coisa linda. Ela quase funciona sozinha de certa forma e muito disso se deve ao estilo de liderança da Chef Ayesha. Mas tudo está funcionando de forma rápida e eficiente. É artística. Isso dá muito trabalho. É muito trabalho executar excelência dessa forma. Então ela me ajudou a afiar minhas habilidades com facas e me deu um bom começo, literalmente afiou minhas habilidades com facas e para que eu nunca me sentisse em desvantagem na cozinha enquanto fazíamos o filme."
Você corta cenouras como um profissional agora!
"Obrigada! Mas eu te digo, é bem verdade, você tem que conhecer sua faca tão bem que consegue cortar às cegas. É literalmente você e a faca. É tão legal. Eu fiquei muito grata por ter um senso de ritmo realmente forte. Porque uma vez que você entra nisso, é muito meditativo. Na verdade, eu poderia cortar cenouras ou qualquer vegetal por horas"
Mas, as receitas do filme acabam não sendo tão apetitosas assim.
"Bridget e eu basicamente nos tornamos meio bruxas e cozinhamos algumas ideias juntas. No final das contas, queríamos contar a história de uma mulher encontrando sua voz. Meio que virou uma história sobre uma mulher assumindo um papel de liderança. Mas, na verdade, queríamos tornar isso divertido e encontrar uma maneira de usar metáforas e cinema para trazer à tona o tipo de natureza confusa, às vezes selvagem, assombrada e atormentada desse tipo de jornada", disse a diretora Danielle Krudy .
Já a cineasta Bridget Savage Cole, que também está à frente da produção, falou dos maiores desafios: "A culinária foi, sem dúvida, a parte mais difícil. Acho que não sabíamos e acabamos realmente aprendendo sobre quanto tempo precisamos para fazer toda a parte sobre comida, como a comida era outra camada que tínhamos que incorporar entre as cenas. Sempre que há pessoas cozinhando e se preparando em cena, a quantidade de comida que precisava ser preparada e refeita era muito intensa. Definitivamente foi um grande desafio para o filme, ser capaz de refazer e também de ter a cena na hora certa, na sequência exata e tudo que envolve um filme. Então foi definitivamente um elemento enorme e nosso grande desafio".
"Eu acho que as pessoas no Brasil podem esperar o inesperado com este filme. É um thriller de terror que mistura gêneros, mas é lindo. É delicioso. Não é o que as pessoas pensam. Acho que sim, vai te assustar e você pode não querer comer por, você sabe, alguns dias, mas acho que vai te deixar se perguntando algumas coisas sobre si mesmo e como você se movimenta em seu próprio local de trabalho. Espero que você se divertida assistindo ao filme", adianta Ariana.