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Secretário de Segurança do Rio confirma pedido aos EUA para classificar facção como terrorista

Ação para denominar a maior organização criminosa do Rio ganhou notoriedade após megaoperação que resultou em 121 mortes

Imagem da noticia Secretário de Segurança do Rio confirma pedido aos EUA para classificar facção como terrorista
Secretário de Estado Segurança Pública, Victor Santos - Tomaz Silva/Agência Brasil
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O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, confirmou o pedido do governo fluminense aos Estados Unidos para que o Comando Vermelho (CV) seja classificado como uma organização terrorista. A afirmação foi feita durante entrevista à rádio CBN Rio.

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No entanto, o secretário admitiu que, pela legislação brasileira, o grupo não se enquadraria como terrorista. Ainda assim, a classificação nos EUA é considerada estratégica.

“O americano, ele controla todo o sistema SWIFT, as transações financeiras no mundo inteiro. Isso, para a gente, é interessante que a gente tenha uma agilidade, uma rapidez muito maior de bloquear eventual ativo que pertence a essa organização criminosa”, afirmou.

O debate sobre classificar facções brasileiras como terroristas ganhou força após a recente megaoperação policial no Rio de Janeiro.

A repercussão levou ao adiamento da votação do Projeto de Lei (PL) 1283/2025 pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, que visa justamente classificar facções criminosas como organizações terroristas no país.

A megaoperação que reacendeu o debate foi justificada pela necessidade de desarticular lideranças do Comando Vermelho na região, contando com a participação de cerca de 2.500 policiais civis e militares no cumprimento de mandados de prisão e busca.

Durante a ação, houve intensa troca de tiros, com ruas de comunidades bloqueadas por barricadas e objetos incendiados. Inicialmente, as autoridades confirmaram 64 mortes, incluindo quatro policiais, mas o número subiu para 121.

Além das vítimas fatais, a operação resultou na prisão de 113 suspeitos e na apreensão de 118 armas. A ação superou o massacre do Carandiru e se tornou a ação policial mais letal da história.

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